segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Essências

Desejo na ternura
das madrugadas
um sentir que transcende
a dor e adormece
no teu calor

Um sopro
quente
de um aconchego

E eu...
ligo-me às quimeras
do meu silêncio
rumo ao átrio
da fome

Desconheço
o teu nome
e enlouqueço
junto ao limiar
de um sonho

Sinto-te
essência corporal
absorvo estes laivos
dormentes
de seiva pura

Rasgo
o infinito de mim
e semeio num corpo
os restos mortais
de um clamor
que foi
um nome

2 comentários:

Ana Coelho disse...

Senti-me envolvida nesta essência...Excelente poema.
Beijos

Delfim Peixoto disse...

Delicioso aroma de Poesia
Bom Ano