segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Dor do Silêncio

Acorda num espanto
Um arco iris à minha mesa
Eu inteira à espera do mundo
Do fim de tudo e de mim

Edifico pilares...
Estímulos aguçam-me os sentidos
As enchentes de marés
Vivem na dor do silêncio

Albergue de pensamentos
Montanhas rasgam o céu
Derrubam-se as pontes
Que ficaram no fim

Arrasto-me até à minha janela
Reinvento as estrelas
A noite caiu
Não sei de ti...só de mim
*
(Poema escrito em 2007)

domingo, 25 de outubro de 2009

Ilusão

Visitei-te um dia por pensar que querias
ser mais que um verso solto...
Mas como não vi nenhum poema perdido

Fiquei só!

E tu entregaste-te à volúpia dos dias calmos
Ilustraste-me com as cores da lua sobre o rio
Mas o meu brilho difuso,
Afundou-se em águas calmas
E foi corrente vadia.

Um rio esquecido!
*
(poema escrito em 2008)

Nudez


Coloquei sobre a mesa
Flores que vi nascer no teu jardim
Saboreei essências doces
Que ficaram em mim

E tu trancaste um sonho predilecto
Nitidez de um corpo nu e quedo
Que se encanta com as cores
Do meu desejo e sofre

Coloquei sobre a mesa
Os amores que se despem no meu leito
Pétalas suaves e delicadas
Que perfumam o meu colo desfeito

E tu bebeste-me num sonho perfeito
Foste manto balsâmico
Untaste o meu corpo quente
Do suco que se verte e me cobre o meu peito
*
Poema escrito em 2008

Solta

Transporto-te silêncio…
Desliza no meu peito e sofre
É um cais onde se juntam
Serenas emoções
E a noite desce suave

Estendes-me a mão
E eu vou segredando
Singela paixão
E ficas assim
Solto como eu
*
Poema escrito em 2007

Se...

Pintura de Vitor Lages
*
Se o vento me trouxesse as mornas cores
Com que te vestes
E me falasse de um amor feito de rosas
Eu banhava-me em perfumes doces
Encantava-me com alguns sonhos
E oferecia-me em poemas ou prosas

Se a terra me mostrasse as raízes
Com que te ergues majestosa
Eu subiria em ti e veria a cor do céu
Onde te deitas
E pintava em telas as cores delicadas
Com que te enfeitas

Se as luzes da noite brilhassem
E iluminassem os teus olhos longos, duros
Eu seria uma estrada deserta
E tu virias ao meu encontro
E trazias-me um jardim em construção
Seríamos uma eterna descoberta
*
Poema escrito em 2008

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sujeito-me (p/arfemo)

gosto de saber que me sujeito

deliberadamente,

sujeitando-me a ser um nome

no meio de tantos outros

em nome de algo que seja

a liberdade...

(Sou eu…sou assim na vontade)

SER SUJEITO (de arfemo)

Que o sujeito seja um nome,
Articulado e atento,
Ao desenrolar da vida
(Caprichosa, não cumprida,
Acidulada, vencida...)

Predicativo é que não.

arfemo

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Apresentação de Antologia "Tu Cá, TU Lá"

Uma edição da Temas orignais

Apresentação Drª carmo Miranda Machado

Autores:Ana Coelho, AnaMar, António MR Martins, Carlos FilipeConchinha, Conceição Bernardino, Dolores Marques, Gonçalo LoboPinheiro, J. C. Patrão, José António Antunes, José Luís Lopes, LilianaMaciel, Luís Ferreira, Lurdes Dias (Cleo), Miriam Costa e São Gonçalves.

José Luís Lopes escreveu:
Esta antologia não tem fins didácticos, não tem um trilho especial de pensar, não tem por base nenhum tema pré-concebido: é um convite à navegação sem rumo. O leitor poderá sempre aportar no abrigo que mais o colhe e partir de novo em busca de um mundo novo, sabendo que o que fica para trás estará sempre no mesmo lugar, e o seu lugar sempre será seu. Neste livronão encontrará Adamastores, encontrará letras jovens, sedentas de carinho, e incentivos para continuar sempre a escrever mais para si.

Francisco Coimbra escreveu:
É um livro com tantos capítulos quantos os seus autores, todos partilhando do mesmo modo dum espaço onde cada um se faz representar pelos seus poemas. Esta variedade garante riqueza na multiplicidade da Poesia reunida, aí temos o cenário certo para um tu cá, tu lá com a língua onde todos agem dando vida e expressão à linguagem plástica da palavra que procura nos versos construir poemas.

O evento decorrerá nas instalações da Manutenção Militar Rua do Grilo, nº 111 – 1900 Lisboa (Entre a Xabregas e Convento do Beato, pela rua interior onde circulavam os eléctricos), tendo início pelas 16h00, do qual irá constar:- Visita guiada ao Museu pela Drª Lurdes Nunes, que nos dará a conhecer o “Património Histórico e Museológico" desta instituição.
Tem um acervo heterogéneo constituído por documentos, fotografias, trajes máquinas de produção industrial, equipamentos de panificação mecânica de moagem, bolachas, café, laboratório e maquetes, entre outros.

Na antiga “Padaria Velha”, onde decorrerá o evento, podemos apreciar o revestimento numa das paredes, de 6 painéis de azulejos, que contam a história do pão. Estes azulejos foram fornecidos pela Fábrica de Faianças Outeiro e são de autoria de A. Pereira, datados de 1954. Foi neste espaço físico que existiu a primeira moagem e a primeira padaria, na M.M., em 1897.-

Demonstração de Taichi/chikung pelos instrutores; Drª Filomena Belo e Engº Rogério Gonçalves. (A Drª Filomena Belo é Professora na Escola Secundária D. Dinis, Mestre de Reiki e Instrutora de Taichi/chikung).

O QUE É O CHI KUNG:
É a arte de manipular a energia com êxito. Chi Kung ou Qigong é a ginástica energética para a saúde e a longevidade. Fundamenta-se sobre os princípios da Medicina Tradicional Chinesa. A origem do Chi Kung é datada de mais de 4.500 anos. As pessoas utilizavam uma dança para fortalecer o corpo, regular a respiração, activar a circulação sanguínea e curar doenças.http://chikung.com.sapo.pt/chikung.html

Participação especila de Pedro Branco com voz e viola
Dolores Marques / Ana Coelho /Anamar