sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vazio


Voltar…

Simplesmente voltar a tempo de terminar um conto

A recontar os dias que me levavam sempre ao mesmo lugar…vazio…

Vazios são todos os sinais que m’encaminham para um lugar in-certo…

Há um buraco negro sem fundo
A cair num vazio ainda mais profundo
***************
Foto; DM in Grafitis uma Arte no Escuro (C/Rita Silva)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cores Dourado (Reiki)



Ligo-me a ti e entendo que no fio cristalino da água que brota da Fonte, existe o meu outro Eu. Alinho o corpo e a mente e falo-te do alto da minha vontade em ter-ter divindade de todas as coisas presentes.
O feixe dourado que me entra pela única via, directamente ao centro de todas as emoções, esvai-se completando o amor que me falta para chegar a ti. Este batimento cardíaco é agora numa escala que se estende por todos os pontos onde te encontro.

A cor verde sacia assim a longa jornada de ser a cura de todos os males do corpo e conduz-nos à única fonte que nos dá de beber, do Supremo.

Cores - Azul Indigo (Reiki)



Esta é a visão de um todo que se abre ao meu olhar. A terceira visão clarifica os olhares do mundo e assenta numa pré-disposição consciente de que o poder gravado em altas esferas, é um poder alargado, através da mente inconsciente.


Tenho-te traçado em todos os momentos da noite, e o colorido índigo é a fonte onde procuro beber do sagrado que há em ti, para que juntos façamos a ultima viagem pelo cosmos unificado.


O azul índigo traz-me um fundo que não sendo o vazio, é-o no fundo dos meus olhos, onde encontro a certeza de te ouvir nos cânticos nocturnos.


A cor verde permanece nos teus olhos e alcança agora a verdade onde também estou. Cura todas as visões que se entrecruzam, fazendo acontecer um rio espelhado nos nossos corpos

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cores - Azul Celeste (Reiki)



Se a minha voz te soar breve, risca no céu o meu nome. Este, será só um nome entre todos os que conheces, contudo, será a força do vento a criar vontades na tua voz, para me dizeres de um sítio onde deixe os meus credos e alcance o teu corpo. Farei dele a última morada da minha alma.
A cor azul trará um céu aos meus olhos onde te encontro. Criarás neles um novo mundo, e estarei entre todas formas que conheces, uma nova forma a nascer nas tuas mãos.
A cor verde vibrará em todos os traços...Será a cura de todos os encontros a acontecer.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cores - Amarelo (Reiki)



Se o meu sorriso fosse a fonte onde reside a imortalidade, traria para bem perto de nós, o brilho de todos os sóis e construiria com eles um Templo Maior. Seria lá que te encontraria nas vontades de todos os deuses e na primazia de te ter transformado aos meus olhos.

Há um resgate por acontecer - Um sol a encher-me a boca quando te digo que o desejo mora em todos os meus sorrisos.

No centro está a verdade colorida em tons de amarelo. Um brilho, trazendo todo o calor que emana do teu corpo - o esplendor de todas as manhãs.

A cor verde é a real certeza de que a imortalidade reside sempre na cura do centro do poder, eliminando as energias acumuladas e distribuindo-as por todos os centros energéticos do nosso corpo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um presente de sommerville


*
As suas palavras
*
Se tu me disseres amo-te com o corpo todo , eu dir-te-ei ...
- finalmente ... ó corpo meu , encontrei a morada de Deus .
*
Luiz Sommerville

Cores - Laranja (Reiki)


Se eu soubesse como ligar-te através do fio de luz que me traça os contornos do corpo e me seduz através do prazer de te ter no meu corpo...
Satisfação plena concretizando o desejo que me faz ser tua enquanto fecho os olhos e te encontro na súmula de todos os predicados.

A cor laranja é um sol em plena harmonia com um rio que corre no meu baixo ventre. A cor verde que corre por todas as artérias do meu corpo, irrigará o desejo e curará todos os momentos de uma alma que navega ao sabor da corrente.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Cores -vermelho (Reiki)


Por aqui me encontro neste silêncio enamorado, mas soletrando-te a verdade do meus olhos.
Vejo que no centro da terra há correntes quentes e o seu ventre é onde semeio todos os aconchegos.
Há pétalas a colorir-me o corpo. São vermelhas a enraizar a paixão, e a desencadear o amor que te há-de trazer a mim.

A cor verde continua a ser a corrente que une e cura todos os pontos onde nos encontramos.
*****************
(Imagem google)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cores - Rosa (Reiki)


Gostava de poder transformar as cores, onde albergas um sentimento morto.
Talvez, quem sabe, onde guardas todas as emoções.

A cor rosa descobre-te um fundo amoroso e a cor verde cura-te de todos os males do mundo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sombras



- Cansei de estar sentada. Quero levantar-me e zarpar, sair, marcar um ponto no meio da estrada. Serei figura abstracta, mas tão exacta, que nenhum fogo irá reclamar, nenhum tempo me irá contornar os traços tão finos, que me hão-de encontrar sempre na ponta da linha, que traça de uma ponta a outra o fundo mar.

- Haveria de te conduzir pela pedraria, e de lá subiríamos tão alto que nenhum céu haveria de perguntar; de onde viemos, para onde vamos, quem fomos, quem seguimos, ou quem abandonámos. Ele que fique na terra a cismar, e a endireitar as sobras de gentes, dos crentes, dos fantasmas do passado, meras fisionomias que deixam por continuar todos os pontos acabados e por terminar.
- Já te esqueceste de um momento, só um, aquele que nos trouxe do fundo do mar. De lá víamos tudo reflectido, e se pudéssemos e quiséssemos, haveríamos de nos encontrar todos. Seriam aos magotes os remoinhos das gentes, das gentes que sofrem por não terem sede do céu e fome de algum destino marcado nas ondas do mar.
- Consigo ver-te nas sombras, sim nas sombras que deixaste ao relento, quando caíste na emboscada de todas as gargantas, e de todos os dedos a trinar nos fios de vento. São fios que esticam o canal dos desenganos e sofrem por não saberem que há gente, que a há aos molhos a afundar-se num mar de sonhos.
******************
Escultura - Ricardo Kersting

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Gatafunhos



Confusa
Demente
Descrente
Lágrima minha
Sem poente
Rola, rodopia
E não se conforma sozinha
Arrepia
E sofre
Sem norte
Por sorte
D’uma'lma minha

E é esteira
E é caleira
E é chuva miudinha a sarapintar as vidraças
Espelho trancando a noite
Dia clareando a sorte
E eu sou sonho
E levo comigo a desgraça
E sou chalaça
Sem alma
E sou garça no rio
No meu rio
E sou cio no mar
No teu mar
E fome no teu corpo
A esmagar-me
O baixo ventre
E sou mulher simplesmente
E sou gente
Gente que sente
Desacerto d’uma lágrima minha

E é somente
Um pingo de luar
A irrigar a plebe
Sortilégio d’um carisma sem graça
Dá-me a sua graça
E é a noite
Sem fundo
E é o dia soturno
E é o mundo
Sem mundo
E são olhos pardos
E lobos a descer da montanha
Uivos laicos
Desacertos no meu colo fechado
E acervos
E cardos
E giestas
E tojos
E rosmaninhos
Gatafunhos nos meus olhos

E são musgos
E ventos tardios nos socalcos
E talentos nos estios
E é a fome
É a fome
A estalar-me os ossos
E são esmolas
E estolas a aplaudir os chacais
E jornais funcionais
Nas mãos do pobres
Mendigos a acudir nos abrigos sepulcrais

E eu sou um magote a trote
Em busca de jóias raras, tão raras
E os meus olhos são malhas cismadas
Nos teus
E os teus são-me adornos baptismais

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Alma

(Foto DM; Luminescências)



Não posso sequer imaginar
que por não te poder tocar o corpo
te não possa tocar a alma...

Quero-te mais do que ontem
e mais do que todos os momentos
acontecidos e por acontecer

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Onde moram todos os silêncios

(Foto, Serra de Montemuro)




Não te encontro a romper o véu que separa o real do imaginário. Sempre que fecho os olhos e te procuro, acontece assim, como quem procura por si, e de per si, num momento onde se dão todos os encontros. Nas minhas mãos quentes está a verdade de uma corrente que me envolve o corpo, deita-me, e toma-me de um jeito tão seu, consola-me, deflora-me enquanto célula viva a explorar-me a alma, onde habitas. É lá que que te imagino, mãos abertas para um todo, onde o amor cresce e acontece num espaço que é tudo menos um fundo negro, por ser o fundo dos meus olhos.

Caminho só, e tão só como quem perdeu a visão do mundo. Voltei num tempo em que todas as árvores floriam, todos os rios cresciam, todos os amores permaneciam numa corrente parada. Mas, eu tão só como quem acorda do nada, sacudi os ventos e baixei ao nível de todas as montanhas, e trouxe um céu maior para se afundar no mar, e ir ao encontro da única esmeralda capaz de me dizer onde moram todos os silêncios. Fui e voltei sem saber onde me escondi enquanto os mares engoliam os olhares cismados, simplesmente arrastados pela única via possível – aquela onde as tuas mãos talham as insígnias que se encontram já a formar novas correntes no meu corpo. O passado é agora um novo acontecimento presente em todos os traços do meu corpo, cimentando os gestos numa contagem crescente de todos os pontos minúsculos. Será talvez um modo de me contrariar as formas. Os meus passos são firmes, mas os meus pés de chumbo esmagam as correntes migratórias que se prestam a adornar um altar com todas as pétalas em forma de estrelas que baixaram nas minhas mãos. Carrego um fardo pesado, e não sei onde encontrar a aura, espertina do meu sono de cor fina, tinta fresca em tons violeta, com que pintas o novo espaço.

Tu és o meu amor presente, tão presente agora como o serás para todo o sempre. Sejas quem fores, de onde fores ou de onde vieres, eu esperarei por ti e quero que saibas que o é, tal o feixe dourado do meu habitat natural. Não me sei longe, nem perto, não me sei agora, nem quando partirei o eixo que me sustém o corpo pela metade. Não te esqueças de mim, porque o meu olhar está próximo, sempre aí, enquanto permaneceres em mim. Sei de um sítio, um sítio belo onde estamos juntos e é lá que te procuro quando fecho os olhos. Será assim, de uma forma única, como única é a verdade que reside em mim desde que me fundi em ti, porque terei que te procurar aí no fundo dos meus olhos, onde mora a minha alma.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pontas



Feri-me nas pontas dos dedos
Gestos afiados
A dilacerar a carne
Letras escusas
Em traços difusos
Vida corrente
Modorra quente
A desencantar à sorte
Um olhar feliz
Os ensaios finais
De um corpo lascado
Mente e tão-somente
Des(mente)
Que consente
Na finura dura
Calibres no meu corpo mole
Pedra dura
Nos meus pés de barro

Tão firmes as lascas
As pontas de xisto
A possuir-me a carne
A luminária imune

Nos meus traços nus
E os seus dedos crus

À Procura


À procura da clara luz
Que me leve ao centro
Do teu olhar
Um olhar cativo
Dos olhos meus
Um olhar mirando
Os feitos teus

À procura de um sonho
Que me siga
Nus encontros
Contingentes nus
Criando imagens
No cais

À procura de uma miragem
Onde estás
Nu embaraço
Onde o partir
É só o chegar
A ti
Nus...reflexos terminais

Fogo

(Imagem -André Louro de Almeida)




- Contornando momentos perdidos na mobilidade de um movimento circunspecto a cair em desuso pelos canais dispersos na caixa do mundo, o meu corpo assume-se na vertente organizada pelas mãos de fogo.

- Traços nobres de uma face escondida na penumbra da noite, contrariando a cadência solta de quem sabe entrar por um único canal, e ser uma linguagem assertiva e se tornar gente sem se perder na boca do mundo.

- Assim como quem forma um circulo à volta do fogo que me consome toda. Este lento caminhar sobre a terra, único jeito de ser una nos terrenos áridos da vontade dos povos que me tomam sua.

- Imaginando, serei talvez um grito, que se forma no único ponto onde te escondes. Chegarei lá. Entretanto, fechei os olhos e libertei a mente para um único movimento dos olhos.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Espelhos D'Água


(foto, D.M. - Rio Paiva)


Um saber talhado
Intransigente saber
A decalcar as formas
De um mundo vivo
Onde me espera o amor

Espelhos d'água
Vibrações
Figurações
Nas águas do meu rio
E o meu corpo adormece
Fundeado no imaginário
Dourado

Rosto cansado
Sem cor
Braços caídos
Sem dor
Olhar cabisbaixo
Em jeito de se deitar
Mão em concha
Forma única de receber
Mão aberta
Forma única de se doar

Mas o saber é dolente
Não me quer
Não me toma
Não m’eterniza
No mundo
Um mundo a acabar

sábado, 15 de janeiro de 2011

Fragmento

(foto, D.M. na minha aldeia)
*

Espelhos d’água
No meu rio
A furar o vazio
Cofre forte
Em estado anémico
Sintomático
Sorumbático

Cai o dia
E é a noite a madrugar
Nos meus olhos
E é neblina lá fora
E é tudo cabisbaixo
Em pequenos baixios
Portas escancaradas
E a noite sem céu
Afogou as estrelas
E os dardos
Carimbos nas tuas mãos
Pirilampos na enseada
E na montanha faz breu
Faz breu na montanha

E é noite
E é neblina lá fora
Maresia
Mar revolto
Lugar ao sol
Fragmento de um amor meu
Inerte
Calado
Farto
Sem sorte
Sem Norte
Que o teu tempo me deu

Espelho meu
Meu Assur lilás
Rosto escancarado
Estradas sem nome
E no azul
Hà um amor seu
E é furor
Fulgor
Teor
Imaginado
Configurado
Destratado
E eu sou eu
E tu és tu
Meu senhor
Ancorado
Meu amado
Amado meu

Conselheiro de um mar salgado
E o caos é a ordem
Nas bifurcações
De uma ordem inversa
No forte
Onde impera a mudança
Da ordem natural

E o vigilante farol
Acoplado ao vazio
Onde o nada
É só um ponto minúsculo
Mas pereceu
E eu sou só eu
Em todos os pontos
Onde és meu

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ser livre

Foto; Parque das Nações)

Há momentos na nossa vida que mais vale enfiarmo-nos debaixo de uma cascata corrente vinda das montanhas. Elas trazem resíduos, partículas de um todo que nos vai desgastando o corpo e polindo o pensamento. Saberemos como se pode ser livre sem se saber dono de muitas partículas que viajam no escuro. São aqueles momentos que nos dizem que para se ser livre no pensamento, teremos que asssimilar todos os momentos que nos mostram que há vida para além deste movimento fechado.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Onde estão todos?


Já só falta um punhado de sol
Nas minhas mãos vazias
Uma brisa no meu olhar cansado
Já só falta um simples latejar das sombras
E uma mó movida pelos teus braços

Onde está a força motriz
Espirais ao vento
Os olhares todos
Os rostos e as bocas cheias?
Onde estão todos aqueles que adormeceram
Sob as leiras de trigo?

Sol posto na eira
Lua deitada no rio
Calafrios no dorso de quem não tem chão

Pão d’ouro
D’ouro fino
Brilho nocturno
Lágrima quente
Pó na estante
Livros ausentes
Poesia morna nas mãos do poeta
Massa estanque
Por levedar
Na minha mão

Onde estão todos ?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Enamorados

(Foto, D.M. - Porto Covo)



Fui e não voltei
Perdi-me
Nas mil e uma formas ...
Seres com asas
Enamorados
A tentar a sorte
Na varanda onde me esqueço de mim
*
Fui, e não voltei
Enganos meus
Nos olhos teus

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Pedra


(Foto, D.M.; Correntes baixas do Rio Paiva)



Rudes são todos aqueles
Que querem e não se têm
Sabendo-se arlequins nas malhas polidas
Pela aragem de um vento agreste

São sóis
Em espaços bélicos
São luminescências
Em partos disformes
Os traços deixados pelos que riscam
Os grossos modos de se enroscarem no chão

Criteriosos os olhares
Amortecidos no pó do caminho
São tão negros da fome
E de tudo o mais que lhes ofertaram
Nas malgas dos pobres

(Pobreza farta
Mendigos a saciarem-se nas ruas desertas
E eu tão vazia de mim nestes socalcos toscos
Onde me despedi da minha alma )

Habita o cume mais alto
Mas ela não me cita
Nem reclama por mim
Não se prostra a meus pés
Para que lhe beije o manto
Não se reproduz
Nem quer voltar a ser sol no meu caminho
E eu tão veemente solicitada cá em baixo
Que meu corpo se quebrou
E se volveu à terra fria

(Petrificou-se no limbo da minha sapiência
Desmaiou
Ensaiou
Mortificou-se
Ou só se anulou no centro dos meus olhos?)

Pedra é
Pó será
Sulcos no meu corpo
Ressonância a deslizar sem dó
Dormência fatal

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Centro

(foto: D.M.)

Quero o nada
Se esse nada
For somente
A inusitada presença
De um fogo quente
A tomar-me o centro
De um tudo que te dou
E me tiro enquanto nada
Que me sou

Este calafrio na espinha
Este energético centro
Acoplado ao movimento
Que dás aos traços
Que se formam
Nas palmas das minhas mãos

Este calor suado
Na inerte madrugada
Combustão na demanda do prazer
Jeito inato
Nascente de um único ponto
Que me quer toda
Porque sim

Este degrau solto
Acrescento da minha alma em chamas
Corpo que se esfuma
No centro da noite
Que me tome por inteiro
Nas sombras de Deus

Fases Lunares

( Foto D. M.)

se o meu ventre
se alimentasse das tuas mãos
sempre que te dispões a tê-lo
debaixo dos teus lençóis
seria num dia de sol
sem a lua por perto

sinto que no corpo da lua
há ramificações dispostas
a prender-te os movimentos
e imagino-te deitado sobre a terra
banhado pelo seu brilho nocturno
confundindo-te com os raios solares

não esqueças que te amo
desde a formação do mundo

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Onde andas?


(Foto; D.M.)
*

Por onde andas

que te perco

quando te vejo a correr ainda por entre o frio de Dezembro?

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

De caras

(Foto; Outono, junto ao rio Tejo)


Com a aragem húmida a lamber-me a face...encontrei-me com a solidão de todas as ruas.

De caras com novos viajantes num Universo composto de novas fragrâncias...talvez

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Deformações

Foto Rio Tejo, no cais

*
Lamento a fraca orientação dos meus olhos

a má formação dos meus dedos

e todo este composto orgânico

onde apoio o corpo

e desorganizo o espaço

Fez-se noite, fez-se dia

(Foto; Rio Tejo; Cais do Poço do Bispo)


Aconteceu, simplesmente;
num olhar tosco, desmaiado e decaído
…ignorei a decadência daquele lugar
e fez-se noite, fez-se dia, e lembranças somente
É agora o melhor sítio onde morar

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Madrugadas Claras

(foto; EU)

Viver, simplesmente...
e o corpo se ajeita, o pensamento se coaduna através de rituais sistémicos, desliga-se do invólucro que traz, sempre que há madrugadas claras e olhos postos no céu