(Foto, Serra de Montemuro)
Não te encontro a romper o véu que separa o real do imaginário. Sempre que fecho os olhos e te procuro, acontece assim, como quem procura por si, e de per si, num momento onde se dão todos os encontros. Nas minhas mãos quentes está a verdade de uma corrente que me envolve o corpo, deita-me, e toma-me de um jeito tão seu, consola-me, deflora-me enquanto célula viva a explorar-me a alma, onde habitas. É lá que que te imagino, mãos abertas para um todo, onde o amor cresce e acontece num espaço que é tudo menos um fundo negro, por ser o fundo dos meus olhos.
Caminho só, e tão só como quem perdeu a visão do mundo. Voltei num tempo em que todas as árvores floriam, todos os rios cresciam, todos os amores permaneciam numa corrente parada. Mas, eu tão só como quem acorda do nada, sacudi os ventos e baixei ao nível de todas as montanhas, e trouxe um céu maior para se afundar no mar, e ir ao encontro da única esmeralda capaz de me dizer onde moram todos os silêncios. Fui e voltei sem saber onde me escondi enquanto os mares engoliam os olhares cismados, simplesmente arrastados pela única via possível – aquela onde as tuas mãos talham as insígnias que se encontram já a formar novas correntes no meu corpo. O passado é agora um novo acontecimento presente em todos os traços do meu corpo, cimentando os gestos numa contagem crescente de todos os pontos minúsculos. Será talvez um modo de me contrariar as formas. Os meus passos são firmes, mas os meus pés de chumbo esmagam as correntes migratórias que se prestam a adornar um altar com todas as pétalas em forma de estrelas que baixaram nas minhas mãos. Carrego um fardo pesado, e não sei onde encontrar a aura, espertina do meu sono de cor fina, tinta fresca em tons violeta, com que pintas o novo espaço.
Tu és o meu amor presente, tão presente agora como o serás para todo o sempre. Sejas quem fores, de onde fores ou de onde vieres, eu esperarei por ti e quero que saibas que o é, tal o feixe dourado do meu habitat natural. Não me sei longe, nem perto, não me sei agora, nem quando partirei o eixo que me sustém o corpo pela metade. Não te esqueças de mim, porque o meu olhar está próximo, sempre aí, enquanto permaneceres em mim. Sei de um sítio, um sítio belo onde estamos juntos e é lá que te procuro quando fecho os olhos. Será assim, de uma forma única, como única é a verdade que reside em mim desde que me fundi em ti, porque terei que te procurar aí no fundo dos meus olhos, onde mora a minha alma.
Não te encontro a romper o véu que separa o real do imaginário. Sempre que fecho os olhos e te procuro, acontece assim, como quem procura por si, e de per si, num momento onde se dão todos os encontros. Nas minhas mãos quentes está a verdade de uma corrente que me envolve o corpo, deita-me, e toma-me de um jeito tão seu, consola-me, deflora-me enquanto célula viva a explorar-me a alma, onde habitas. É lá que que te imagino, mãos abertas para um todo, onde o amor cresce e acontece num espaço que é tudo menos um fundo negro, por ser o fundo dos meus olhos.
Caminho só, e tão só como quem perdeu a visão do mundo. Voltei num tempo em que todas as árvores floriam, todos os rios cresciam, todos os amores permaneciam numa corrente parada. Mas, eu tão só como quem acorda do nada, sacudi os ventos e baixei ao nível de todas as montanhas, e trouxe um céu maior para se afundar no mar, e ir ao encontro da única esmeralda capaz de me dizer onde moram todos os silêncios. Fui e voltei sem saber onde me escondi enquanto os mares engoliam os olhares cismados, simplesmente arrastados pela única via possível – aquela onde as tuas mãos talham as insígnias que se encontram já a formar novas correntes no meu corpo. O passado é agora um novo acontecimento presente em todos os traços do meu corpo, cimentando os gestos numa contagem crescente de todos os pontos minúsculos. Será talvez um modo de me contrariar as formas. Os meus passos são firmes, mas os meus pés de chumbo esmagam as correntes migratórias que se prestam a adornar um altar com todas as pétalas em forma de estrelas que baixaram nas minhas mãos. Carrego um fardo pesado, e não sei onde encontrar a aura, espertina do meu sono de cor fina, tinta fresca em tons violeta, com que pintas o novo espaço.
Tu és o meu amor presente, tão presente agora como o serás para todo o sempre. Sejas quem fores, de onde fores ou de onde vieres, eu esperarei por ti e quero que saibas que o é, tal o feixe dourado do meu habitat natural. Não me sei longe, nem perto, não me sei agora, nem quando partirei o eixo que me sustém o corpo pela metade. Não te esqueças de mim, porque o meu olhar está próximo, sempre aí, enquanto permaneceres em mim. Sei de um sítio, um sítio belo onde estamos juntos e é lá que te procuro quando fecho os olhos. Será assim, de uma forma única, como única é a verdade que reside em mim desde que me fundi em ti, porque terei que te procurar aí no fundo dos meus olhos, onde mora a minha alma.
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