quarta-feira, 27 de maio de 2009

Fertilidade

Foto de minha autoria, tirada em sintra

É o meu caminho
E o teu
Mas eu sou mais em mim
Quando deixo cair a noite
Nos meus sonhos
E me debruço nas horas
Que ficam sem bater
A última badalada

Um solo fértil à espera
Que as sementes germinem
Com o calor de um abraço
E a luminosidade
De uma lágrima corrente

sábado, 23 de maio de 2009

Saudades...

Foto de minha autoria - Jardim das Rolas- Parque das Nações

Tenho saudades do tempo
Em que chorava
Quando partias

Dá-me esse gosto
Do néctar da vida
Que me escorre
Num único tempo
Em que saltava
Para o vazio da Alma

Era aí que te encontrava
E quase sempre
Me afundava
Num rio de lágrimas
Que matavam a minha sede
De ti....

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nota de Leitura de Octávio da Cunha sobre o meu Livro "Olhares" editado em 2008

Analisar um livro é um processo complicado. Quem apenas sabe misturar umas palavras e dar-lhes um sentido que corresponda ao que sente, não estará à altura de dissecar toda uma estrutura complexa, que é um Livro. Eu não estou!Prometi no entanto, umas palavras sobre ele. Aqui vão...

Olhares diferentes.
Para dentro e para fora de ti.
Olhas o que te envolve e onde esperas chegar...
E como não tenho outras palavras para te dar...
Dou-te estas, que acabei de encontrar...
Um estar intermitente do desalinho
Uma busca permanente da felicidade
Um caminho por encontrar...

Uma estrada de sentido inverso...
Um só fulgor de Alma
Numa escrita em grito surdo
Uma espera em branda calma
Na procura da paz... do Universo.

Octávio da Cunha

domingo, 17 de maio de 2009

O Meu Novo Livro de Poesia "Subtilezas da Alma"

Este "Subtilezas da Alma" corresponde de facto ao título. Nele o leitor encontra a delicadeza do verbo, como um sopro enunciador de um princípio espiritual que cada um de nós descobre, ou pode descobrir, dentro de si mesmo.

Xavier Zarco

Uma edição Edium Editores, com prefácio e apresentação de Drª Carmo Miranda Machado, o meu novo livro de poesia "Subtilezas da Alma", irá ser apresentado em Lisboa, com o apoio da Casa do Concelho de Castro Daire.

O Evento irá decorrer na Rua do Vale Formoso de Cima, 92-96, em Lisboa, (junto à Estação de Braço de Prata) dia 06 de Junho, pelas 15h30
Irá estar patente uma mostra de artesanato e durante o evento, o Rancho Folclórico e Etnográfico da Casa do Concelho de Castro Daire irá fazer uma breve apresentação de cantigas tradicionais e trajes dos mais característicos e representativos das gentes e costumes da região da Beira Alta em Castro Daire, no séc. XIX

NU NO ENCONTRO

Subtilezas da Alma só por si é um título subtil que cria um universo poético da compreensão do que sejam a alma ou (as suas…) subtilezas, as possibilidades são infinitas. Procurando no objecto finito do livro que recebe este nome, serei breve e sem subtilezas nu no encontro com o suporte de “Subtilezas da Alma”.
Este título é-o do livro e dum poema que começa com este verso «Sou glossário dos sonhos», um substantivo masculino atribuído a vocabulário que explica termos obscuros por meio de outros conhecidos ou dá os termos técnicos de uma arte ou ciência. Seja esta a definição do que nos é proposto e ficamos, entre mãos (pegando no livro), com uma leitura por demais aliciante.
O livro está dividido em três partes, o poema mencionado está na primeira e é este o conjunto: Capítulo I – Renascer no Silêncio, Capítulo II – Contactos, Capítulo III – Rumos Indefinidos. Na leitura possamos Renascer no Silêncio, sentir Contactos e encontrar Rumos Indefinidos… pedir à Poesia (a sua) poesia.
Leitor(es), na última estância podemos ler, ser, ter, encontrar:

«Sou só Eu e Tu
Neste mundo encantado».


Francisco Coimbra

domingo, 10 de maio de 2009

O novo Livro de Carlos Teixeira Luís


O novo livro de Carlos Teixeira Luís foi apresentado no dia 08 de Maio em Lisboa
Mais um livro que terei muito prazer em ler, de uma pessoa por quem tenho muita admiração
Este livro é um misto de poesia, contos e pequenos textos. O tema: a vida citadina, os subúrbios e as travessias dos desertos particulares e colectivos

O primeiro Livro de poesia de Octávio da Cunha

O primeiro livro de Octávio da Cunha foi apresentado em Abril em Lisboa. Um livro de poesia, que li e irei voltar a ler. Um livro que me fascinou do princípio ao fim, pelas sensações transmitidas pelo autor a cada página virada - do livro e da sua vivência entre mundos

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Espero Que Venhas Cedo...Poeta



Ser mais que um simples poeta
É ser nas entrelinhas
Espreitar através do céu
E ver as imagens
Que se confundem com a dor

A alegria morre
Nos braços da saudade
E a saudade
Alimenta-se do por do sol

Sou à vista de tudo o que me dói
Mas dói-me muito mais
Saber que há poetas que choram
Pelas tristezas do mundo
Pelas marés que se esvaem
Até à volta dos ventos

E eu sou aqui deste lado
E espero..

Espero que o sol me leve
Até ao vento do norte
Me console nestes dias loucos
Em que os poemas se traem
E se despem na primavera

As flores são vivas
E as essências
Perdem-se nos olhos do mundo

E eu sou aqui deste lado
E espero...

Espero que venhas cedo
Acordar-me no meu leito
E dances comigo
A dança da chuva
Que se enlaça no meu corpo
Sofrido da dor de não te ter

A Tua Poesia(P/Giraldof)

Diante da tua poesia,
Me dispo de mim
Dou-me nua a teus pés...

Aguardo que a delicadeza
Desse manto poético
Me enfeite os dias
E as noites
E me faça leve “nu” sonhar-te
Nobre príncipe das alturas

O rio corre nas minhas mãos
E eu caminho nas margens ressequidas
Dou-lhes a força do meu sentir

Sente-o pulsar nas veias
Que dançam na epiderme
Sempre que se alimentam
Nas crateras do meu peito

É um misto de dor e emoção
Ler-te nas palavras
Que têm a fineza dos teus dedos
E me cobrem com a bênção dos Deuses

Dou-te a minha mão pálida
E escreves versos
Em tons de madrepérola

E eu...
Alimento-me dos poemas
Que soltas ao vento

Trazem-te sempre a mim

terça-feira, 5 de maio de 2009

Ikaría (de Giraldof)

(“Esta lenda que vou contar,
Não é adágio, nem ensinamento.
Num só momento já foi Deus,
Quem no sonho ousou voar”).
Ausento-me dos dias, indiferente.
Repiso meus passos, inconsequente.

Na derrocada da fantasia,
Contradiz-se a existência.
Sou desfigurado refém,
De perversa reticência.

Existo em labirinto infinito,
Sem saída, sem conclusão.
Lapidado em transparência,
O tecto é minha prisão.

(“Apura tuas asas de lacra,
Ascende-te.
A dor controla terra e mar,
Jamais as regiões do ar”).

Nos vestígios do sonho,
Um jogo de espelhos,
Um fogo inquieto.
Um esvoaçar incerto.

No desencontro do ser,
Um instante imprevisto,
Um desvio no espaço,
Um rasgo nas eras.

Numa escuridão intensa,
Tempo em momento sol.
Chuva quente ou magia,
Alvorada de novo dia.

(“Imprudente voar.
Entre a chama sedutora
E o mergulho tentador.
Teu destino está traçado,
Pressinto sorrisos na ilha da dor”).

De asas derretidas,
Sou devaneio dissolvido,
Ser em queda livre.

Proscrito em ínsula desconhecida,
Arquivo-te no absurdo da vida.

O rasgo nas eras,
Eras tu.

Ikaría.
A sílaba é sussurro da utopia.

Gilraldof

http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=6592

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Sou Também Um Olhar Perdido


Um olhar ternurento a astuto.
Um olhar que vem de longe e vai ainda mais além.
E Eu sou também, um olhar presente, neste que é o mundo feito à imagem dos homens e das mulheres que se curvam perante a mesquinhez, e não se levantam de frente para as injustiças, as desigualdades socias, os flagelos que estão a contribuir para a extinção do planeta, e com ele, todos seres vivos; minerais, vegetais, animais e humanos.
O que nos move é tudo, menos a vontade de ir mais além através da única via possivel...o coração.

Também eu me penitencio por isso.
Sou eu também um olhar perdido na confusão de um mundo que me esquece...
Mas Sou também um olhar que se vira de frente para a luz e se foca num ponto, uma miragem, translúcida e serena.
Sou a vida por detrás das multiplas faces do mundo.
Sou o que sempre fui e conheces...nada quero ser, além do que sou.
Aqui estou para ser tudo o que já fui e que hei-de ser...e também amiga....

Não Sou Eu Que Escrevo (De Vony Ferreira)

Hoje não sou eu que escrevo
É a minha crença trucidada
A resvalar nas curvas dos sonhos
Numa discrepância sem fronteiras.
É a menina que se perdeu
Que se deita no chão a olhar o céu
A ver as nuvens a sorrir ao longe…

Vony Ferreira