Já só falta um punhado de sol
Nas minhas mãos vazias
Uma brisa no meu olhar cansado
Já só falta um simples latejar das sombras
E uma mó movida pelos teus braços
Onde está a força motriz
Espirais ao vento
Os olhares todos
Os rostos e as bocas cheias?
Onde estão todos aqueles que adormeceram
Sob as leiras de trigo?
Sol posto na eira
Lua deitada no rio
Calafrios no dorso de quem não tem chão
Pão d’ouro
D’ouro fino
Brilho nocturno
Lágrima quente
Pó na estante
Livros ausentes
Poesia morna nas mãos do poeta
Massa estanque
Por levedar
Na minha mão
Onde estão todos ?
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