segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Travessias do Tempo

Choro por ti em mim
Confio na demarcação deste sonho
Sou só um nome sem ruído de fundo

Entrego-me ao nu desejo indolor
Sitiado no calor da paixão
Cedo aos ais de um sopro quente

Verso as formas em folhas soltas
Traço os contornos num doce canto
Fixo-me na calmaria das palavras que se cruzam

Terno encanto solta lágrimas correntes
Enchentes de marés, vazantes de quimeras
Nos alaúdes entristecidos

Nas travessias do tempo
Mostro-me a multidões a descoberto
E só eu neste mundo que é mundo

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