sábado, 13 de dezembro de 2008

Sons...

Tb Publicado: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=46130
Que os sons que me chegam se diluam no meu pensamento
Estas tempestades que deixam um rasto lamacento
Nos telhados desprovidos
Rompem pela minha morada e entre a inspiração e a expiração
Preciso reaprender a respirar e limpar a poeira acumulada

É urgente que as correntes galguem estas muralhas mutiladas
E a maré cheia que me invade a alma se extinga no meu corpo
E faça surgir na arvorada uma réstia de luz
Um olhar flamejante que se alonga na flacidez do luar
Ou na excentricidade dos gestos acabados de chegar

Fico só neste barco que se afunda no rebuliço das marés
Declino a minha voz que se extingue sitiada neste mar
E absorvo estes sons que caíram no meu sono rarefeito
Resvalam no meu corpo que definha num suspiro
Respiro…nesta onda que granjeou a força e se afoitou no ar

2 comentários:

Anónimo disse...

Respiro… nos teus versos… a pureza do olhar.
O barco afunda-se, mas a réstia luz o alumia…
Gostei.

Beijo

impulsos disse...

A curiosidade trouxe-me até aqui...
Ainda bem!
Caso contrário não teria tido o prazer de ver o teu magnífico baú de poesias.

Beijo