Desejo na ternuraSinto-te
"Deus não é um conceito muito filosófico, é este mundo visto através dos olhos de uma criança" (OSHO)
Desejo na ternura
Escrevemo-nos assim…com a leveza da alma
Registamos o que já foi dito
Somos tudo o que não foi escrito
Mas escrever para ti é ter tudo o que falta
satisfazer carências,
nutrir-me das palavras soltas
que me emprestas em noites como esta...
Uma brisa suave com o bater da chuva na janela.
Sabes que depois de te ler,
o sono vem suave como um beijo teu ?
Quem somos nós?
Eu estou aqui e tu estás aí
Somos personagens inventadas por nós próprios
Concordamos e assim ficamos...
Lemo-nos e saboreamo-nos com as nossas palavras
Refiz a íngreme calçada. Incauta, por passagens secretas, abrilhantei-me nos espaços que sombreiam colinas empedernidasUm sol espavorido, foge da dor que enfeita os mais altos cumes disfarçados.Morros frios estendem-se sobre uns prados secos, e aves soltas esgueiram-se sobre as nuvens a descoberto.
Fixei-me num sonho calmo com um travo amargo. Um vento afaga o meu manto breve, saboreio o ar que me sabe a mel que desliza do cimo do monte em sopro largo
Encontro-me neste centro longe do inteligível


A facilidade com que me dou
Não me encontro nesta vasta planície
Um nada que se define no azul dos céus



Afunda-se em limiares sombrios
As portas do novo céu abrem-se só com uma mão
Rendo-me ao teu encanto
Choro por ti em mim
Diz-me como voltar a sentir
A viagem findou!
Veste de branco o teu silêncio