quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nada

(imagem google)



*
Não vejo nos olhos do mundo
A dor
Nem a cor
Nem os movimentos
No além
Onde vive o amor

Não sinto nada
E nada é somente
O nada
Para quem não quer ser
Mais do que vida
E viver

Tenho-te
Mas não sei onde te guardar
Se nas memórias de outrora
Se nas viagens
Onde o meu corpo
Se demora

Não ouço nos picos entrelaçados
Das serras
Os ventos de Domingo
Não tenho agora
A morte
Nem a vida

Nem o não

Nem o sim
Que me fez ser alguém
Quando ainda nada sabia de mim

*

1 comentário:

Helen De Rose disse...

Quando conseguimos ver o Nada, temos a visão do Tudo e vice-versa. Adorei o poema. Abraço daqui.