quinta-feira, 29 de julho de 2010

Do absurdo sonhar…ao ambíguo sentir (de josé Antunes


(foto in Olhares. com)
*
Neste meu pobre mundo
que a sórdida fome açoita
com chuvas luarentas
onde se degrada a alma,
nele
deixo gravado em sangue
a fúria de cada sentir
na boca sem músculo
como o sabor da própria sede.…
*
Deixo que o débil existir
seja a fluidez do esqueleto,
de que o infame quotidiano
é seu exclusivo fim…
é nesta cela de névoa
pela angústia desenhada,
que defino o rumor
dos íntimos retratos
do meu abstracto!
*
José Antunes

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