quarta-feira, 1 de junho de 2011

Indiferença




Longos são os dias
Numa cidade indiferente
Esfarrapada e negra…

A poeira acumulada
Sobre o brilho acorrentado
Dos jardins floridos,
Ou dos cais apodrecidos
Desfaz-se na noite
Ao som das flautas roucas
Ou de concertinas tortas

Tristes são as noites
Sem a clareza dos dias
Geladas são as noites
E as manhãs tardias



Do livro "Olhares" em 2008

1 comentário:

Arnoldo Pimentel disse...

Um poema lindo demais e uma realidade triste.Beijos.