(Foto D.M.)
Um choro perdido
No meio do nada
Um nada que se define
Para sempre nada
Enquanto as lágrimas
Enchem os carreiros traçados
Pela erosão do tempo
*
Um tempo mole
Em todos os poros fechados
Que nunca acaba
Nem se mede pela metade
Que nunca se perde
*
Caminho a teu lado
Mas não vês
Este corpo cansado
Este olhar baço
No centro da tua vontade
*
Um choro que é rio
e
mar
e
oceano
*
Corrente baixa
No meu colo fechado
Soma dos ventos
E das marés
Transviadas
*
Quero-te a valer
Para sempre
Porque não vejo em ti
Algo que me diga
Um sim
Ao meu querer
Ser em ti?
*
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