quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sentimentos

(foto: D.M.)




Há momentos aos quais não podemos fugir, quando se vive e enquanto se vive de acordo com valores adquiridos ao longo da vida. Há vivências alicerçadas num ambiente onde reina a nobreza de sentimentos, e se vive de acordo com um sentir fundo, como fundos são todos os lugares que se encontram num ser em movimento para lá do que a mente exige. Daí existir esta concordância em desacordo com o que se vê e se sente, quando só se quer viver de acordo com o que se recebe para se sentir vivo.

(Isto tudo só para lembrar uma única palavra – AMO-TE)

Contudo, a vida traz sempre o que faz falta, para nos mantermos alerta, e quando a mente exige, abdica-se do sentir, para nos tornarmos mais gente, aos olhos de quem só vive através da mente e quer ser gente a sentir no corpo a adrenalina de um prazer que sente, sempre que há gente a viver de um sentimento profundo.

Não me interessam os pontos negros, mas tão só as vivências que esses pontos me trazem, quando passam da cor negra e dão largas a várias cores que me seduzem ao ponto de me deixar ir sem pensar muito. Gosto de saber de outros saberes, e da forma como transformam a vida em seu redor, mas gosto mais ainda de me sentir gente, mesmo quando me cobrem o corpo com os seus movimentos.

Mas, como nem tudo o que reluz é ouro, esse saber deixa-me sempre a pensar num único ponto: onde está o fundo que deu voz a esse saber, sem saber como reagir ao sentimento mais profundo?

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