segunda-feira, 30 de maio de 2011

O meu céu

(desenho de Antonio Moura...Eu)


Enquanto as brumas da memória não se diluírem neste esconderijo, eu serei só uma parte de ti e tu outra parte de mim a saber-me perto do teu olhar. Em todos os lugares, o meu refúgio se abate quando a noite é minha conselheira e o dia se prepara para se entregar de mãos cheias no meu silêncio.


Quero fazer do teu corpo, dono de um momento a cismar na minha boca e dos teus olhos um caminho para a seguir viagem por entre todos os pontos escuros onde a força que me deu vida se esconde. Já nada me pode prender aqui, se os mesmos olhares que me descobriram não me orientarem neste trajecto, sem tempo para voltar. Por isso atenta no meu sorriso que se fecha para dar espaço aos teus dedos, e alento ao teu querer ser; um no meu corpo e outro no meu céu ainda por desbravar.

Sem comentários: