quinta-feira, 5 de maio de 2011

Medos



Não me atinge a luz certa
Nos meus olhos
Não sei como franquear
A verdadeira essência
Dos meus medos

Esfinges desprovidas de um corpo
Presas fáceis do destino
Onde a luz se consome
Para nascer de novo
Nas novas fragrâncias

(Incensos do meu norte
Adereços do meu sul)

Não me cinge a mão certa
No meu corpo
Nem sei como fazer
Do entardecer
Uma pequena partícula
A madrugar na noite

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