segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Fogo

(Imagem -André Louro de Almeida)




- Contornando momentos perdidos na mobilidade de um movimento circunspecto a cair em desuso pelos canais dispersos na caixa do mundo, o meu corpo assume-se na vertente organizada pelas mãos de fogo.

- Traços nobres de uma face escondida na penumbra da noite, contrariando a cadência solta de quem sabe entrar por um único canal, e ser uma linguagem assertiva e se tornar gente sem se perder na boca do mundo.

- Assim como quem forma um circulo à volta do fogo que me consome toda. Este lento caminhar sobre a terra, único jeito de ser una nos terrenos áridos da vontade dos povos que me tomam sua.

- Imaginando, serei talvez um grito, que se forma no único ponto onde te escondes. Chegarei lá. Entretanto, fechei os olhos e libertei a mente para um único movimento dos olhos.

1 comentário:

A.S. disse...

O ponto onde me escondo é no fundo do teu grito! Sim... deixa que o fogo se aproxime, fecha os olhos, com os olhos fechados todas as sensações são mais intensas!


Beijos!
AL