sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A Chama do Mundo

Afundo-me nos rios da saudade
Descubro o centro onde tudo é!
E eu um ocaso morto...
À saída lembro rostos sem corpo
Olhares incapacitados
Afeições silenciosas
Abraços sem braços embalam a multidão

Pensares entorpecidos
Sustentam o sono dos justos
Desnorteados os sentidos
Camufladas as vozes
Actos inconsequentes
São como linces perdidos
Mutilam as forças deste mundo errante

Não há meias verdades no mundo das ideias
Creio na força do pensamento
Que me traz algum sentimento
Ó voz traída
Ó chama sagrada
Ó alma esquecida

E a barca que se perdeu no nevoeiro da madrugada