Vivo para além das margens
Que em cada dia em mim morrem
Lagos traiçoeiros e desditosos
Em nevoeiros sepulcrais cobertos
Não me digas para voltar aos caminhos espinhosos
Vivo na terra suicida onde os mortos têm alma
Navegantes do tempo em barcas velejadas
De ventos prementes vindos do nada
Àrvores negras de braços esgrimindo
Correm para ti sugando a seiva impura
Dos medos deste inferno fiquei imune
Caminho muito além em horizontes verticais
Barreiras em janelas dimensionais
Onde o ontem e o amanhã se encontram.
By Beijo Azul
Fátima, esta tua vertente mostrando uma mudança de ordem estrutural, à frente de qualquer barreira dimensional, alongando-te o olhar e permitindo que novas janelas se abram, e te mostrem que há mais, muito mais para além do finito, onde nasce um ponto a tocar o infinito de ti.
Gostei deste teu poema e é um prazer publicar aqui no meu espaço
Dolores Marques
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