quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Auroras Boreais (Para Sophie G.)


(Foto de minha autoriae)
*
Um caminho que se alonga a cada pausa
a cada momento que se acaba
num corpo sofrido
onde a dor é tormenta

nas margens onde mora um sonho
que se estende sempre para infinito

Há um renascer de auroras boreais em cada noite
que s’ enlaça, tracejando a luz
buscando uma paz duradoura,
fresca,
acabada
e
recomeçada
do nada

Há nas horas incertas uma inconstante chama acesa
e lá moram todos os sonhos
todas as histórias inacabadas
todos os corpos que reclamam por um toque ameno
e cessam da claridade morna as águas em remoinho

Há sempre um novo esvoaçar de gestos
em mãos quentes
e lábios ardentes
e há um sono que te leva para a morada dos sonhos
onde te recolhes
e te encolhes à nova vida
*
Poema dedicado á Sophie G. aqui:

3 comentários:

Anónimo disse...

Um belo poema, é sem pre calmante e mágico passar por aqui.

Angela Ladeiro disse...

Primeiro quero dizer-te que escolhes muito bem as fotos com que fazer a ilustração dos teus poemas. Escrever é para ti uma arte. Um beijo

Anónimo disse...

Obrigada por todo o carinho que me tens dado nestes mundos poéticos que são também um mundo de partilha de sensibilidades semelhantes.
A tua escrita é extremamente bela! Tem uma certa suavidade (como o vento) que aspira a algo fixo, eterno… perpetuando-se nos seus sentidos e sensações a que remete, encantando…


Um beijo