quarta-feira, 25 de março de 2009

Depois a Vida...

Relembro-te...
Sentindo-te o gosto
Sim, aquele terno frio na alma
De te saberes por aqui
E o prazer de seres também aí

Criaste raízes fora de ti
Bebeste da seiva pura
E nas gotículas de orvalho
Foste à transparência
Flor caída pelo chão

Relembro-me...
Comigo também foi assim
Quando me vi ligada
À minha Mãe...
E a tocar nas alturas
Os braços de meu Pai

Sou aquele vento que suspira
Nas (en)costas do passado
E se lembra sempre
Do avesso do mundo
Preso ao futuro...
Depois, a corrente (vi)vida!

Fui nascente perdida
Nas águas dos oceanos
Saciei-me de ti
Esta sede...
Esta fome...
Nos lençóis da vida

Mortalhas caídas a teus pés

1 comentário:

Sonia Schmorantz disse...

Sou aquele vento que suspira nas encostas do passado...mas ventos também trazem futuro, lembre-se disso...
Um lindo poema.
beijo