quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Gaivota

Enternecedora fonte de energia que me envolve. Belo é o ocaso, alaranjado, deslumbrador a entrar pela retina do meu olhar enquanto fumo um cigarro. Ao fundo da praia, junto à rebentação das ondas num baloiçar quase sincronizado, saltitando nos salpicos da maré, uma silhueta rasga o ar que respiro neste fim de tarde, através do seu andar cativante e belo.



Acendo mais um cigarro, fecho os olhos e mergulho no som atabalhoado a irromper por instantes o silêncio onde me isolo. As pestanas estão imobilizadas sob as pálpebras fechadas, o meu meditar é contínuo ao baloiçar do pensamento duvidoso, atormentado e trancado.



Nisto como em forma de braço estendido um raio de luz, rogando…(Agradeço à força motriz, por elevar a minha mente a um novo estado).



- Dás-me um cigarro?



Este som arrepiante liberta num frenesim insaciável todo o meu ego, enquanto o coração bate a um ritmo descompassado, e as ideias se aglutinam numa orgia de sacrilégios carnais.

1 comentário:

Andradarte disse...

Se para medidar precisa de um cigarro,pois acenda os necessários,,,
Beijo