Sinto a garganta seca, árida e ofegante
Como quem deseja um copo de água fria
Num deserto abrasador
Reparo na imagem imaculada
Faraónica e predadora do desejo voraz
Sanguinário do teu corpo
Fico fria, impávida e serena
Carne despida, mergulhada em suor incolor
Palpitante a serva do prazer carnal
Lúcida, atenta e pronta para o amor
Mas o coração fraco em batimento irregular
Amor eleva-me ao bradar de um salmo
Navega comigo na cauda de um cometa azul
Vai…leva este ser a viajar
Coloca-me na almofada do teu leito
E ajuda-me a não acordar do sonho
De mulher fonte do mundo sem fim
Energia do prazer invade o meu jardim!
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