*
(Sofri por ter alguém
Assim tão perto de mim
Consenti que me bastasse
Em mornos leitos
Lacrando desejos)
Sofri a dor da ausência
De mim, por mim
Por não me bastar por dentro
E de me ferir por fora
Mas mesmo assim sofri
Quando cuidei de ti
Gostava de me ter visto nua
Quando te perdeste nos labirintos
Do meu quarto
Encostei-me às paredes frias
E tu entraste em mim
E eu perdi-me em ti
(Quem sabe um dia
Eu me encontrava nele, pensava
Mas mesmo assim continuava
Que bem sabe este fel
Como será o mel?)
Sofri tanto mas tanto
Que me despi do amor por mim
Porque to entreguei a ti
E foste a saciar desejos teus
Nos seios meus
E eu lambi-te as feridas
E deitei-me no teu corpo mole
Quando já dormias
E nada pedias…
Já tinhas todas as flores
Que eu plantara
Ficaram esquecidas
Nos lençóis desfeitos
De uma vida inteiramente tua
(Perdi-me nas ruas
Que já tinham sido suas
Mas fui saciando a sede de amor
Que é fruto adocicado
Pelas ruas da amargura)
Assim tão perto de mim
Consenti que me bastasse
Em mornos leitos
Lacrando desejos)
Sofri a dor da ausência
De mim, por mim
Por não me bastar por dentro
E de me ferir por fora
Mas mesmo assim sofri
Quando cuidei de ti
Gostava de me ter visto nua
Quando te perdeste nos labirintos
Do meu quarto
Encostei-me às paredes frias
E tu entraste em mim
E eu perdi-me em ti
(Quem sabe um dia
Eu me encontrava nele, pensava
Mas mesmo assim continuava
Que bem sabe este fel
Como será o mel?)
Sofri tanto mas tanto
Que me despi do amor por mim
Porque to entreguei a ti
E foste a saciar desejos teus
Nos seios meus
E eu lambi-te as feridas
E deitei-me no teu corpo mole
Quando já dormias
E nada pedias…
Já tinhas todas as flores
Que eu plantara
Ficaram esquecidas
Nos lençóis desfeitos
De uma vida inteiramente tua
(Perdi-me nas ruas
Que já tinham sido suas
Mas fui saciando a sede de amor
Que é fruto adocicado
Pelas ruas da amargura)
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1 comentário:
Este poema, transborda a ternura que te vai na alma, a docura que te vai na mente e a caricia que tens nas tuas mãos.
Acácio
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