Serão as dores
De um momento
Será a cor do saber
Que nos corre nas veias
Será o sorriso cristalino
O sentimento
No olhar de uma criança
Que nos traz
O mundo divino?
Não!
O que nos move
São os gestos
Que nos escorrem
Pelas pontas dos dedos
Em mãos esqueléticas
E mentes frenéticas
São quase sempre
As meias verdades
As partilhas
Num mundo de vaidades
As dores alheias
Que medeiam
As gigantescas dunas
O que nos move?
Serão os olhares perdidos
No horizonte
E as luas que se esgueiram
Por vales inteiros
Em busca de um pão
De um términos
E de uma vida
Que se perde
De um momento
Será a cor do saber
Que nos corre nas veias
Será o sorriso cristalino
O sentimento
No olhar de uma criança
Que nos traz
O mundo divino?
Não!
O que nos move
São os gestos
Que nos escorrem
Pelas pontas dos dedos
Em mãos esqueléticas
E mentes frenéticas
São quase sempre
As meias verdades
As partilhas
Num mundo de vaidades
As dores alheias
Que medeiam
As gigantescas dunas
O que nos move?
Serão os olhares perdidos
No horizonte
E as luas que se esgueiram
Por vales inteiros
Em busca de um pão
De um términos
E de uma vida
Que se perde
No fantástico mundo
Em constante absorção?
Não!
O que nos move ensandece-nos
Nas curvas e nas colinas
Em busca de um sol
Que se entregue
E nos sustente as ideias
Num mundo perdido
Onde somos
Em constante absorção?
Não!
O que nos move ensandece-nos
Nas curvas e nas colinas
Em busca de um sol
Que se entregue
E nos sustente as ideias
Num mundo perdido
Onde somos
Só um não!
As verdades
Que se escondem,
Enigmáticas,
Sorrateiras
Que se esventram
Nas paredes da ilusão
Serão os caminhos imprecisos
Os ventos e as marés
Que se encostam à ré
Imagino-te por aí
Sentado em busca de pão
É o líquido que coalha
É a massa que leveda
E o forno aguarda por mais
Uma fornada
Que dê tudo
Menos pão
O que nos move?
Serão as sementeiras
E as papoilas
Que se entregam
Neste mar
Em constante ondulação?
Ou o sol que se deita
No lusco-fusco
Onde as estrelas
Se alimentam
E se enfeitam de tiaras
Que a seara fabricou?
Não!
O que nos move
São as dores arreadas
São as foices afiadas
Os braços caídos
E os joelhos no chão
E os grãos no crivo
Sustendo a leve
Embarcação
Curvam-se perante
Esta agitação
Só por um naco
De pão!
3 comentários:
Verdade, o que nos move é a dor, a frustração...porque precisamos provar a nós mesmos que somos capazes de vencer, inclusive a nossa incerteza de vencer.
um abraço e bom domingo
Lindo e sentido! e o Blog está com um fundo também muito aliciante :)
Um beijinho
Que o que nos move seja tão relevante, que faça a diferença num mundo de iguais.
Parabens, pela ideia, pela iniciativa, pela maestria e a emoção com que escrevestes.
meu beijo
Enviar um comentário