quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Frio deserto



A pular de pedra em pedra
A saltar de galho em galho
A procurar caminhos novos

Mas os passos incertos
Face à dúbia convicção 
De um horizonte
Por dentro dos olhos

A linha recta é o obejctivo
No tracejado do céu
Que o tempo apagou

Tão longe e tão perto 
Dos espaços vazios
O frio deserto 
Nas mãos abertas

Agora, agitado é o corpo
Quando o verdadeiro sentido
Lhe mostra um relógio quebrado

E pensa, e age, e balança-se
Como se fosse um pêndulo
Da nova Era

Porém o que encontra 
São heras...os nobres 
Pensamentos a sair 
Do covil dos lobos

E rasteja, e abre-se à nova flora
Virgem, tão virgem 
Quanto uma lágrima, quando 
Profanada pelos deuses todos

DM

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