Saí hoje para a rua
Desolada
Não tinha nada
Que me levasse
A criar algo
De novo
Talvez um pensamento
Talvez uma só palavra
Que se elevasse
Num só poema
Ímpar
Bem conseguido
Mas nada
Nem mesmo
Os meus sentidos
Se abriram
Para este nada
Que me fez hoje sair para a rua
Desolada
Não tinha nada
Que me levasse
A criar algo
De novo
Talvez um pensamento
Talvez uma só palavra
Que se elevasse
Num só poema
Ímpar
Bem conseguido
Mas nada
Nem mesmo
Os meus sentidos
Se abriram
Para este nada
Que me fez hoje sair para a rua
A mesma rua
Que me conhece
Quando saio sozinha
Ou acompanhada
A mesma rua
Que se expõe ao dia novo
Que principia
E sempre acaba
Nos braços da noite
E eu sem saber como
Começo a saber-me
Mais do que um simples nada
Ando e desando
Por todos os becos escuros
Na tentativa
De encontrar uma nova rua
Sempre a tempo de me fazer
Criar algo
Talvez um sorriso
Talvez um olhar novo
Talvez uma sombra
Talvez o inverso de mim
Talvez o desejo
De me encontrar
Em outras ruas
E conhecê-las
Tal como elas me conhecem a mim
Sempre que saio
Sozinha ou acompanhada
Que me conhece
Quando saio sozinha
Ou acompanhada
A mesma rua
Que se expõe ao dia novo
Que principia
E sempre acaba
Nos braços da noite
E eu sem saber como
Começo a saber-me
Mais do que um simples nada
Ando e desando
Por todos os becos escuros
Na tentativa
De encontrar uma nova rua
Sempre a tempo de me fazer
Criar algo
Talvez um sorriso
Talvez um olhar novo
Talvez uma sombra
Talvez o inverso de mim
Talvez o desejo
De me encontrar
Em outras ruas
E conhecê-las
Tal como elas me conhecem a mim
Sempre que saio
Sozinha ou acompanhada
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