Acordo de manhã
De cabeça e mente
Sem rumo
Sem definição
Angustiada, pálida
Sem sentido
Sem norte
(Quero, mas não sei
Desejo mas não sinto)
Apelo aos deuses do Olimpo
Misericordiosos
Bondosos
Piedosos
Castos e perfeitos
Não os ouço
Não os sinto
Não os vejo
Não me acodem
Aos meus apelos
(Que ser serei eu?
Porque não me ouvem?)
Crio dúvidas
Dúvidas em mim
De tudo
E de todos
Mas uma certeza tenho
Que nasci e que morrerei!
Não sou indigna demente
Não sou perfeita
Que bom!
Sou um asno
Sem certezas
1 comentário:
Olá Dolores,
Quem nunca se sentiu assim?
No entanto, deverá ser um estado de espirito passageiro, pois asno não será com certeza. Derrube-o transportando-o para o papel...
Beijo,
Clarisse
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