quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ocaso







Terra que me deste o ser
Que m’elevas
Ao pico da minha existência
Que me dás tudo
E me tiras
Terra que te destruo
E consegues te reerguer





Terra que sabes
O quanto te magoo-o
Destruindo-te
E és corajosa
e
Sábia

Terra que consegues
Renascer das cinzas
Da mesquinhez
De seres porosos
Que te renovas
E m' inovas
E me vais transformando
Do teu jeito

Terra eu te liberto
Porque és
Sincera
Robusta
Misteriosa
Leal
e
Bela

Terra que um dia me levarás
A passear junto das estrelas
Perdoa !

1 comentário:

Clarisse Silva disse...

Olá Dolores,

O poder de regeneração da terra é formidável, tal como o poder de regeneração do Ser o é, sempre.

Beijo,
Clarisse