segunda-feira, 24 de outubro de 2011

(Escultura de Ricardo Kersting)



Na esperança de encontrar algo que me diga onde e como chegar lá!

È lá o sitio onde vou morar por tempo indefinido
É lá o sítio onde me irei encontrar, mas enquanto isso desespero, numa espera vã
Mas o tempo já não me espera e eu sou só a esperança que este tempo não termine, que este enigma se transforme em algo mais definível que me transforme e me leve ao ponto mais alto onde se dão todos os encontros…..lá!

Na esperança de me encontrar, encontro em todos os tempos um modo de encurtar o meu próprio tempo
Este tempo que me marca
Este tempo que me encolhe no fundo de um baú onde guardo todas as memórias
Este tempo que arrasta o vento
Este tempo que faz transbordar as correntes de todos os rios
Este tempo que colhe todos os frutos
Este tempo que m’engana
Este tempo que simplesmente me faz perecer em noites de temporal
Este tempo que entra nos meus sonhos e me afronta enquanto durmo
- Ouves, sentes, imaginas, ou simplesmente te limitas a correr contra o tempo?

E eu acordo sempre com uma nova esperança que me diga onde e como chegar lá

Ao fim do tempo!

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