quinta-feira, 13 de maio de 2010

Imenso, Imensamente, Adequadamente


Prontuário imerso numa plataforma diurna
Confusa, demente,
Medi usa, platina,
Morfina
Coloridamente alucinada
Conspurcada
E retalhada
Na imensidão de ideias mortas e enterradas
Jaz por fim a mente desfocada
Desnorte, sem sorte
Acabada na imensa planície onde mataram a dor
Que por muitas mortes já ter
Se deixou enfeitiçar
Nessa margem escanzelada e esquartejada
Por muitos dos castradores seriados
E tão delicadamente mestres
Do tudo Imenso
Imensamente
Adequadamente

Encontros e desencontros
Poetizar, conciliar
Amansar
E desmembrar o que pertence
Ao mar
Sem no entanto se empoleirar
Nos cadafalsos
Migratórios, exímios
Em escoriações vs retaliações

De que vale amar
Se o amor se perdeu na estação que ficou
Para trás
Há tanto tempo
Já esquecido
E lambido por todas as línguas de fogo
Desajustadas do mundo
E das pontes erigidas no nada

1 comentário:

O mar me encanta completamente... disse...

Destaco:"De que vale amar
Se o amor se perdeu na estação que ficou Para trás"

Sempre vale a pena amar, sempre fica um aprendizado, uma lição, uma saudade.

Bjos de saudade