sábado, 29 de maio de 2010

Só Mínguas de Sonhos

(ÔNIX - imagem google)

Amortalhar os sonhos que nos dizem
Que há momentos que se guardam
Por tempos indefinidos
É não tentar por um só dia reescrevê-los
Seres viventes nas memórias de uma vida

Sentir que há nestes paralelismos
Uma forma abstracta
Quando nos exilamos do mundo
É darmos vida a outras vidas
Perpetuarmos os nossos corpos
No além vidas
E reeditá-los num espaço
Que se enquadre num novo tempo

Vivo ainda para te dizer
De um marco da nossa história
Que marcou a nossa presença no infinito
Mas não guardei na memória
Os caminhos que me fizeram seguir viagem
E estou aqui numa prece inigualável
Fechada dentro de um aquário dourado
Mas vazio por dentro

(Só minguas de sonhos
Que se transformaram em elos equidistantes)

De lá poderás extrair todas as almas
Que me pediram guarida
E se deitaram comigo
Mas já todos os amores caíram
Quando me perdi neste labirinto
E me deitei num leito de águas pardas

Mas se quiseres
Poderás visualizar as cores que eu inventei
Só para nós
Brilham agora além da minha mente
Num imaginário desfocado
E ensandecido por todos os momentos que perdi
Quando atingi o novo arco íris
E nada vi….

3 comentários:

Flavia Assaife disse...

Querida ônix,

Por vezes nos sentimos desta forma, parados em águas calmas, como que a perder de vista sonhos antigos...

Penso que é o momento do refletir, do repensar, do reenergizar para poder continuar a busca que, para mim, é infinita.

Mais um trabalho profundo e belo.

Beijos

Flávia Flor

Angela Ladeiro disse...

Sempre de grande romantismo e beleza. Venho dizer-te que não te esqueci. Simplesmente ando mais atarefada e dispersa. Um beijo

Débora Benvenuti disse...

Vim te ler e adorei a tua poesia.
Beijos