quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Pérolas



São escusos os caminhos quando escuros de tanto caminhar. São encontros e desencontros nas encruzilhadas do meu pensar, se me perder por caminhos que me tentam barricar.

Mas não!

Serão só sombras nos indiferentes rostos que passam, e que marcaram vidas ainda por continuar. Há um mundo que me esquece, há um sonho que tenta arrastar-me contigo, como se fossem vidas com outros ainda por sonhar. Se eu pudesse, falava-te de mim e de ti em outros que vimos ficar, mas se tu não olhas nos meus olhos quando te falo, de que adianta ter voz, se é neles que estão desenhados os caminhos longínquos que temos que atravessar?
Precisas entrar, instalar-te e acomodar-te num dos lugares eleitos, aqueles que sempre te idealizaram, quando voltasses à cor dos dias e deixasses nas sombras da noite, um raio solar.

São pérolas os meus olhos!

Serão nus os teus, se os lanças em desatino desejo, por saberes que são tantos os que te elegem coroando-te de flores ainda por semear. Mas dou-tos se os quiseres, para plantares nos sonhos dourados onde moram todos os reinos, todos os samurais, todos os mestres, todos os líderes e todos os nossos guias - os teus e os meus, sempre que adormeço nos corais onde crescem pétalas vermelhas e tu me cobres com teu manto branco…

E as pérolas gastas, são a nudez dos temporais
(Foto de minha autoria )

2 comentários:

Unknown disse...

É verdade sim, é verdade por mais que o esqueçamos muita vez.
É no olhar que se encontra as respostas. É nele que se firmam o encontros para além dos desencontro amargurados das palavras.
Gostei muito, por isso aqui estou...
Vóny Ferreira

Sonia Schmorantz disse...

As palavras dependem de interpretação, e podem ser bem ou mal entendidas, mas o olhar é inconfundível...
beijos