*
Sou gota de orvalho destemida
Errando e desfazendo os nós que me alucinam
Numa longa e invisível sensatez
*
Sou um cais onde as gaivotas vêm beber
Sou a fortaleza dos dias
Onde as marés aportam
Tempestades ao amanhecer
*
Porque me entrego neste mar sem sal
Se ainda sou só uma gota esquecida
Sobre folhas tenras e desprotegidas?
*
Porque teimo em ser oceano
Se sou só orvalho cristalizado
Sem encontrar o riacho que me eternizou?
*
(Poema escrito em 2008)
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