quarta-feira, 24 de maio de 2017

Tempo de memórias

Nada do que me resta me resta.
No final do caminho serão todos os momentos isentos de quaisquer semelhanças com o que fui. Tampouco saberei se os ganhos e perdas nesta vida me prendem de algum modo a algum momento ainda por viver.
No futuro estão as condições impostas por um passado, que eu nunca soube se o era, ou se porventura me limitava a caminhar por ali, sem querer saber o que se passava dentro do tempo.
E que tempo de memórias se arrastam ainda com os meus passos…que tempo este meu, de nem querer saber onde me escondi, quando o tempo sabotou todo este meu crer em tudo o que nunca vi, mas senti.

Dolores Marques

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