Das mãos
Inertes de Maria
Hoje “depositadas”
No mundo distantes
Logo sepultadas
A quem a morte
SubitamentePrecocemente roubou:
A energia, o som
O talento, o dom
A escrita
A melodia
Eleva-se o grito
Do absurdoQue a morte
Aparenta
O contrário de tudo
O nada talvezOu a importante
Fragilidade humana
Quase divinamente
CriadoraSimultaneamente
Redutora
Profundamente
Das mãos inertes
Ontem criadorasDo talento da escrita
Escapa-se ainda
A música
Que não o grito
Da revolta
Da impotente
Condição humana
A escrita eterna
Que em Deus redima
A dor da perda
Que imortalizaráA voz sublime
Das suas mãos
(Autor: desconhecido)
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