quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ode




vadia é a noite
sem caminho
nem assento

a sapiência
é a medida exacta
que desvanece a fé

a matriz
cruza-se
no infinito
sem crença

angustia-me
não ver
não ouvir
não sentir
não distinguir
o emergir
esventrado
num corpo

assusta-me o silêncio
o pensamento sufoca-me
molesta-me esse
som perturbador

apartada é a alma
que não ouve a ode

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