(foto de Bom Norte)
Talvez a vida seja uma caminhada
Um passo sobre passos vendados
Um encontro de espaços
Uma espera
Talvez a vida seja uma caminhada
Um passo sobre passos vendados
Um encontro de espaços
Uma espera
“Às escuras, encontro-te”, é um livro íntimo e pessoal, onde o corpo se faz corpo desnudo, entre silêncios e sussurros, entre gritos e preces.
Do ponto de vista formal, encontramos no livro diversos registos: a prosa narrativa, a prosa descritiva, a prosa poética e o verso.
Essa multiplicidade, ao contrário do que pode aparentar, não dificulta a leitura do livro, apenas exigindo que a mesma seja atenta e ponderada, e não dissipa, seguramente, o traço de união que encontramos e que torna o livro um todo encantante.
A obra é uma jornada, pelo interior de uma (belíssima) alma, nas suas angústias, nos seus sonhos, nos seus devaneios, nas suas energias,
Mas também no seu confronto com o mundo.
E, assim, é uma caminhada pelos espaços opostos e convergentes que a/o compõem.
Um espaço de encontro, de desencontro e de espera.
Um dos aspectos mais interessantes do livro, surge-nos de forma invulgar.
A obra é um lugar de intersecção entre o “Eu” e o “Outro”.
Todavia, este “Outro” não é uno e surge-nos em faces multifacetadas:
- O “Outro” que é ainda um “Eu” (um “Outro eu”)
- O “Outro” que é intemporal, é místico, é mito (e assim é espera)
- O “Outro” que existe, seja ele o passado, o presente ou o que, por desconhecido, se anuncia vir a Ser.
E o mesmo se poderia dizer do “Eu” que embora uno (aqui sim) é ainda assim desfragmentado.
É nesses movimentos e intersecções que a sublime sensibilidade de Dolores Marques se revela de forma incontornável e irresistível.
Gostei muito de ler.
Filipe Campos Mello
Do ponto de vista formal, encontramos no livro diversos registos: a prosa narrativa, a prosa descritiva, a prosa poética e o verso.
Essa multiplicidade, ao contrário do que pode aparentar, não dificulta a leitura do livro, apenas exigindo que a mesma seja atenta e ponderada, e não dissipa, seguramente, o traço de união que encontramos e que torna o livro um todo encantante.
A obra é uma jornada, pelo interior de uma (belíssima) alma, nas suas angústias, nos seus sonhos, nos seus devaneios, nas suas energias,
Mas também no seu confronto com o mundo.
E, assim, é uma caminhada pelos espaços opostos e convergentes que a/o compõem.
Um espaço de encontro, de desencontro e de espera.
Um dos aspectos mais interessantes do livro, surge-nos de forma invulgar.
A obra é um lugar de intersecção entre o “Eu” e o “Outro”.
Todavia, este “Outro” não é uno e surge-nos em faces multifacetadas:
- O “Outro” que é ainda um “Eu” (um “Outro eu”)
- O “Outro” que é intemporal, é místico, é mito (e assim é espera)
- O “Outro” que existe, seja ele o passado, o presente ou o que, por desconhecido, se anuncia vir a Ser.
E o mesmo se poderia dizer do “Eu” que embora uno (aqui sim) é ainda assim desfragmentado.
É nesses movimentos e intersecções que a sublime sensibilidade de Dolores Marques se revela de forma incontornável e irresistível.
Gostei muito de ler.
Filipe Campos Mello
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