
"Deus não é um conceito muito filosófico, é este mundo visto através dos olhos de uma criança" (OSHO)
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Não penses

Pétalas
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Às Escuras Encontro-te" - O livro
Não se trata de romance, não se trata de ficção, nem tão pouco de narrativa, mas será sim uma autêntica ficção dentro de um mundo que se nos apresenta fictício, descrevendo os contornos de uma história que poderia ser verdadeira, que poderia transformar este livro, numa autobiografia. De biográfico tem pouco. É somente um momento nos diferentes compostos químicos, auto-merecedores de atenção, bio-compostos por fragrâncias libertas para a atmosfera. Ele, transporta-nos para esse mundo do qual tentamos sempre fugir, a não ser que tenhamos a capacidade de podermos assumir-nos nas nossas mais eloquentes formas, umas vezes bizarras, outras inseridos numa compilação vs normalização dos gestos diários.
No capítulo II, escrevi:
Este é mais um degrau na subida vertiginosa que se apresenta em várias partes do meu corpo. Uma visita guiada pelas minhas experiências enquanto necessidades básicas do meu corpo, da minha mente e do meu espírito. Este é um mundo onde me poderão encontrar, encontrando-se, basta que para isso, saibam viajar comigo através das nossas semelhanças e aí, seremos um só, numa caminhada silenciosa por entre uma multidão. Pensei nas ferramentas adquiridas, e que talvez tenham uma quota parte de responsabilidade por estas experiências de cariz transcendental. Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Abriram-se canais, sujeitei-me a Ti, numa viagem até aos confins do Universo, e dei comigo a escrever sobre isso, começando por descrever a primeira viagem, passando pela minha visão do reiki, corpo espelho, meditação, chikung…etc. Dêem-me a honra da vossa presença e garanto que há sítios escondidos debaixo das minhas palavras que não conhecem:
Se quiserem então viajar num espaço inédito, sujeito às várias circunstâncias que este livro nos apresenta, terão que abrir as portas e, assim sendo, colocar-vos-ei perante uma só palavra - AMOR.
É este o mote do livro. Amor em todas as vertentes socializadas vs sociabilizadas, por força maior de uma mente que se fechou ao mundo externo durante duas semanas e viveu e plenitude dos mundos extra-sensoriais e de tudo o que a vossa imaginação puder alcançar.
*
Capitulo I- Versando o Amor: Um amor meu, aquele amor que sabemos que existe mas que nunca sentimos a entrar-nos pela porta da frente. Um sentir silencioso, quente, que nos diz de outras realidades extra-sensoriais. “Há um prenúncio de qualquer coisa mesmo antes de o ser… Esmiúço os sentidos até descobrir o que me leva por estes meandros da vida já gasta…”
Capítulo II - Energias Subtis, Outra Forma de Amor: Um encontro com outras realidades que versam o amor em termos práticos, mas ao mesmo tempo sob a forma de energia em movimentos subtis. Uma forma de estar e viver segundo conceitos básicos de como se ser Pessoa no meio de tantas as que conhecemos, e que sem saberem como por vezes actuar para serem pessoas, o vão sendo. Foram também estas práticas que me levaram ao encontro do encontro amoroso de que falo neste livro, e que vivendo em mim em forma de Amor, é uma forma de estar que me dá prazer. Aqui, irão ter contacto com algumas informações básicas do conhecimento geral sobre reiki, sistema de corpo espelho, meditação, chikung…etc.
Capítulo III – Cá e Lá - A Ponte: Após o capítulo anterior, chegou então o momento de vos fazer chegar as minhas experiências pessoais a um nível subtil e transcendendo o da realidade física, indo ao encontro do amor que me visita nas noites em que me abro a ELE. Forças do além, amor feito energia residindo em mim ? Seja o que for, e os nomes que lhe queiram dar, foi sentido no meu corpo de uma forma intensa. “Penso-Te e estás presente no momento, numa sintonia perfeita”
Capítulo IV – Vale do Silêncio: Encontros numa realidade que é a nossa, aqui nesta terra que nos viu nascer, onde os corpos se tocam e os olhares se cruzam para um amor prestes a acontecer. Mas algo impede esta ligação que nos poderia levar à prática de “um sexo sedutor”, após os toques e carícias de almas solitárias. Sou apenas acolhida por um vale do silêncio que se alonga a cada dia passado. “O seu brilho ténue, conduz-me para o meu silêncio e enrosco-me no seu círculo mágico”.
Capítulo V – Outros Sons: O último capítulo do livro, encerrando-o por ter finalmente encontrado o mesmo tipo de energia que me lo fez escrever. No entanto, os sons tornam-se deveras evidentes que são só audíveis para mim. Existe talvez uma força que desconheço e que está em redor de mim, para me lembrar que o conhecimento da verdade não está ainda na mesma proporção com o que espero da vida. O AMOR, encontra-se num caminho único onde se encontra tudo o resto. Este encontro final teve como ponto de partida, um ponto a tocar o infinito, estendendo-se esta trama de um nível “mais terreno”, terminando com um poema “Quero que sintas que por ti eu sou”.
Espero sinceramente que este livro vos diga algo e faça algum sentido a todos de vós.
Dolores Marques
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Pontos luminosos
Os seus olhos, pontos luminosos a saírem da órbita dos meios círculos traçados pelo fumo saído da minha boca semi-aberta. Trazia neles o mundo inteiro a dobrar-se sobre os meus ombros. Eu acolhi-o sem uma palavra que lhe dissesse que há mundos por descobrir nos meus olhos cor de chumbo.
Olhou-me e disse simplesmente: “boa tarde”. Eu respondi timidamente: “Boa tarde” ao que ele me devolveu: “bom descanso”.
Sorri e pensei, que este final de tarde, talvez me tenha dado uma ideia para conseguir acabar de fumar este maldito cigarro, apagando-o, e voltar aos pontos luminosos de uns olhos quase a quebrar as linhas impostas pelo meu pensamento. Este é um recanto de uma cidade fria. Dormita no silêncio de um dia e desperta para uma noite em branco.
No entanto, sabe-se que há olhares que não se esquecem de dizer “boa tarde”; “bom descanso”, e ela, a cidade ainda me consome.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
POWER
É descontente
Ou se mente
Na mesma proporção
Da ordem inversa
Que a fez somente
Mente
É querer saber mais
Do que a própria mente
Descontente
Livros falam dela
Consequentemente
Hilariantes
Figurantes
Caminhantes
E a mente desmente
Qualquer fuga
E arrasa todos os lugares
Onde ela
Só quer somente
Poder subir
E conseguir descer
A tremer nas mãos
De quem se julga demente
Por não ter mente
Ela a mente
Mente e é crente
Abre a tua mente
À ordem emblemática
Que te faz poder
E crer numa mente
Descontente
Mas distante
É POWER
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Às Escuras Encontro-te"
Estou então no plexo solar. Mas, ter estômago para tudo é que eu não consigo e dou comigo a viajar pelos outros órgãos detendo-me na base da coluna vertebral, focando-me nos canais adjacentes, Que coisa! Eu agora aqui a pensar em canais, quando só me resta um canal possível – canalizar, receber. Entranham-se espécies duma raridade tal, que dá um gozo tremendo, mas há os que são insustentáveis, impenetráveis. Vou mais acima e paro num ponto, o batimento cardíaco e aí reside tudo o que sou; ou eu e tu, ou tu e eu, tanto se me dá, como se me deu, porque se “Ser”, depende de tantos “se’s”, então quando chegar ao fim e ainda estiver nesta posição horizontal, logo se vê. Por agora, abro-me a abraços e carinhos, um amor com cheiro a rosas e alguns adornos de sedas - dão um certo charme na formação de um “ninho”.
Mas é estranho. Não sei o que está para lá do ranger desta porta, tentando resistir a temporais que trazem gélidas paisagens, daquelas que só permitem ver alguns fios de luz pelas frestas semi-fechadas. Preciso urgentemente descobrir uma passagem, nem que para isso, tenha que nascer de novo, mas agora de “cu virado para a lua”.
Continuando a minha caminhada, tenho agora em mente, a mente, e foco-me no alto da cabeça. Assim, deixo de estar na posição horizontal, prefiro a vertical para sentir que o que está em cima toca o que está em baixo. Sou um pilar por onde atravessam correntes espessas que me deixam balizada contra a terra firme. Mas isto agora é outro problema. Como vou conseguir abafar as armadilhas da mente e sossegar este ego esfomeado? Que sorte a minha ter-te aqui agora (amiga do peito), que me entendes nestas minhas simulações; a base da coluna que se encosta ao plexo solar, e este batimento cardíaco que resolve passear pelos corredores do ego. Sem a tua ajuda não poderia lá chegar, ficaria por estes pensamentos correntes, em dias contados de versos cansados e temas mais que engaiolados. Estou agora presa na tua pequena gaiola. Às escuras encontro-te, mesmo que sinta aquela aridez das noites nuas que passam por entre as frestas de portas desgastadas pela erosão do tempo.
Ouvem-se agora as notas nos arrabaldes de uma certa escala musical.
- Qual o tempo?
- Sem tempo. Esqueci-me do meu cantar. Ficou-se pela nota imediatamente abaixo do “Dó”. Do(r)me agora com um mero desejo de ficar centrado na escuridão da noite.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Por ser dia do São Valentim

Como transmitir o que se sente? Como dizer que se Ama? Como sentir que se ama?Como satisfazer a nossa fome e a nossa sede, sem cair na desordem de um monte de palavras que se cruzam para depois abalarem rumo ao centro onde moram todos os desenganos? Conseguir construir caminhos e movimentarmo-nos neles ao encontro de uma simples luz q...ue nos guie rumo aquele que nos faz sentir…
- A Liberdade é tudo o que o Amor precisa para se dizer - AMO-TE
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Eleitos

Deixemo-nos de sofismas e encaminhemo-nos para o lugar onde os eleitos estão;
é lá que se encontram todos os homens de boa vontade
é lá que moram todos as mulheres que se ajoelham com a idade
é lá que se enxergam os rostos alienados, sempre que os nomeados libertam o céu
é lá a terra dos justos, se conseguirem florir primaveras arrastadas pelas correntes do verão
é lá que irás conhecer o gosto da tua nobre condição.
Deixemo-nos de lamentos e alcancemos os movimentos disformes, e formemos à volta da terra um círculo onde more a saudade. Será ela no teu doce rosto, um lamento nos caminhos que escolheres, sempre que a justiça mostrar a sua verdadeira face.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Espero por ti
Vi-te chegar tão devagarinho, que quase sumias por entre as luzes que me visitam nas noites em que escrevo palavras soltas ao abandono. Será que alguém lê e as entende? (Penso que serei assim uma espécie de estrela a luzir ao fundo do túnel mas que ninguém vê, nem mesmo se me tornasse céu). Seguem rumos diferentes, quando as despejo nesse céu de estrelas reluzentes, que se queixam de tanto céu e pouco sol. A Lua ainda se encontra imobilizada na estação anterior, encalhou na madrugada e as estrelas rumam por caminhos incertos neste mar onde as palavras se gastam e se consomem de tanta dor, tanta tristeza. O amor é já o ponto de passagem para a outra margem.
É lá que me encontras se conseguires transpor esse muro de palavras gastas, de vocabulários mais que arrastados pelas marés. Levantei voo, rumo ao ponto onde acordàmos que faríamos a história nascer de novo e tu ficaste preso no mar alto. Esperas que as musas te assaltem de sobressalto, e não vês que na profundidade dos meus olhos, está uma vida que assenta nos mais altos ideais, rumo a outros mundos onde o abraço se quer sempre laço até ao fim do caminho. Serenar o espírito, encontrar-me entre um e outro mundo, que se encosta às margens onde já me encontro, é o início da última jornada.
Espero por ti!
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A editar: "Às Escuras Encontro-te"
Lá Fora
Estão os trastes iluminando as pedras
Da tosca calçada
Sim, lá fora
O sítio onde moram todos os marginais
Os pobres deitam-se no colo frio da madrugada
Os ricos deitam-se na sua noite afogueada
E eu sou só uma pequena mortalha
Qu’enrola o teu corpo no meu
Se a tua voz se calar
Nada me fará recuar
Nesta intenção redobrada
De te encontrar
Entre todas as que ouço
Lá fora
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Se nos pudéssemos encontrar acima de todas as coisas

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Florir

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Buracos

Os calafrios
Na espinha
Os dedos mortos
No meu peito
As dores fortes
Nos meus olhos
A mesma distância
Que separa
O cóccix
Do alto da cabeça
E tu nesse estado
Onde recebes as graças
Todas aquelas
Que eu já conheço
E não esqueço
Os mesmos recados
Tão fortes
A afinar-me o sítio
De onde eu venho
Este pensamento frio
E esta mente
A esburacar os momentos
Onde te encontro
E eu tão triste e só
Sem saber onde cair
Se na noite que me tem
Se no dia que me foge
Enquanto desenho novas cores
Nos buracos do mundo
Fundo de todos os fundos

Construi muros
Mas derrubei todas as vontades
Em satisfazer
As minhas necessidades básicas
De te ser mulher
A erguer-me dos sulcos
Talhados pelas tuas mãos
E cair na tua boca farta
E fui como quem vai
Mar adentro
Dos teus olhos
Atingi os cantos todos da terra
Em busca de paz
E vi-te a desfolhar páginas soltas
De um livro
No meu corpo cansado
Tal um vento que arrasa tudo
Tal a brisa que passa breve
Tal um rio que corre
E torna
A jeito de m'encontrar
A equilibrar a linha
Que separa o céu do mar
São tantos os pagodes
Que me levam e trazem
Que m’ arrasto toda
Para qu'inteira
Me tomes nos teus braços
Tal pétala perfumada
A sarapintar-te o colo
Que me serve de bandeja
Num dia sim
E me cobra tudo
Num dia não
Quero que todos os olhares
Sirvam de estrada
Para que no final
Veja todos os pontos esquecidos
Numa viagem interminável
Ao fundo
De todos os fundos