quarta-feira, 16 de junho de 2010

E eu, Amor, beijo-te


(foto, DM)

*
Uma singular dança
Diversificando cultos
Conferindo ao corpo
Um verdadeiro refúgio
Tocando as hastes que lhe conferem
A fonte primordial do desejo
*
Um momento expressivo
Do próprio mundo que o desafia
Próximo de uma circundante atmosfera livre
A ser conquistada
Retalhada
E esmiuçada até à última lágrima caída
*
Esta capacidade intrínseca de abrir os braços
E deitar-te no meu colo
Esta necessidade urgente de te tocar os lábios
E dizer-te…
Amor beija-me a face molhada
*
Há rios que me cobrem
Em momentos inéditos do seu curso lento
E eu Amor, beijo-te
Não os lábios
Não a pele
Não a língua
Mas só as gotas de suor morno
Que escorrem agora pelo teu peito

1 comentário:

Andradarte disse...

...Angelical forma de beijar....

Abraço