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E Corro
E grito
E sofro
E aperta-se-me o peito
Este grito
Que ninguém ouve
Nem eu
Nem os céus
Percorrem este sonho
A cair de madrugada
E faz-se bréu
Faz quente nos meus pés de chumbo
E quero voar
Para que me ouças gritar
E nada
Nada nem ninguém me ouve
E a morte surgiu de repente
Como abutre
Picando a minha alma
É de noite e faz escuro na minha pele
É de cera ainda mole
Quase a derreter de novo
Junto ao cálice da verdade imaginada
Por mim
Só por mim
Porque ninguém me ouve
E quero gritar
E grito
Já o som da minha voz
Em desespero
Num degredo espacial
Intemporal
Não me ouço também eu
E bato à tua porta
E dormes
Porque é de noite
E sonhas porque eu sonho
E gritas em outros mundos
Porque este por agora
É só meu
Só meu
Até que me oiçam
E grito
E sofro
E aperta-se-me o peito
Este grito
Que ninguém ouve
Nem eu
Nem os céus
Percorrem este sonho
A cair de madrugada
E faz-se bréu
Faz quente nos meus pés de chumbo
E quero voar
Para que me ouças gritar
E nada
Nada nem ninguém me ouve
E a morte surgiu de repente
Como abutre
Picando a minha alma
É de noite e faz escuro na minha pele
É de cera ainda mole
Quase a derreter de novo
Junto ao cálice da verdade imaginada
Por mim
Só por mim
Porque ninguém me ouve
E quero gritar
E grito
Já o som da minha voz
Em desespero
Num degredo espacial
Intemporal
Não me ouço também eu
E bato à tua porta
E dormes
Porque é de noite
E sonhas porque eu sonho
E gritas em outros mundos
Porque este por agora
É só meu
Só meu
Até que me oiçam
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