sexta-feira, 18 de junho de 2010

Morrer é ponto certeiro


Terminam os anos das fogueiras acesas
Dos melros a cantar nos telhados

Nos olhos a verdade
Nas mãos a cegueira
Ensaiando a benemérita vontade

A verdade de quem morre
Ao levantar do chão
As memórias de quem sofre

Porque morrer é ponto certeiro
Num ponto
Onde o vento
Levanta o Homem

É ser livre marinheiro
*
A minha singela homenagem ao José Saramago

Sem comentários: