Andei por muitas ruas mas não vi
Todas as sombras, nem os grafitis
Nas paredes, nem os homens
Que engoliam a sua própria sombra
Só me lembro que caminhava
A contar as pedras da calçada
Como se fossem contas de somar
Até ao fim de todas as somas
Fiquei sem saber como respirar
E a cada passo meu, surgia
Uma ideia, um pensamento
A sossegar os meus passos
Afinal, para que servem os olhos
Se não para seguirem direções
Diferentes em todos os lugares
Onde há ventos e chuvas e brisas
Encontrei as flores esquecidas
Nos canteiros e senti-lhes
O aroma ainda fresco da manhã
A perfumar todas as ruas
1 comentário:
A soma de todos os olhares
E a sombra que o tolda
Sempre belo
Bjo.
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