
Perder a razão ou simplesmente deixar de a ter ao querer afirmar-se dono da sua própria razão, ou então, tê-la como um dado adquirido em expressões que elevados ao quadrado, se multiplicam e se desmistificam.
- Como se a razão fosse, um dado adquirido
- Como se a razão se propusesse a ser mais do que a soma de vários pensamentos, quando nem o pensamento é uno.
Proponho um brinde à razão:
À razão de ser
À razão de existir
À razão de coabitar no mesmo espaço onde o pensamento é vago, como vagas as ideias que a levam a querer assumir-se dona de tudo e de todos.
Aos que querem ter razão
Aos que não se querem submeter á razão dos outros
Aos que sabem como lidar com o próprio pensamento em ação para se afirmarem donos da sua razão
e
A todos os que sem saberem, caem nas maquiavélicas propostas de um pensamento abstrato, por pensarem que sabem onde encontrar a razão dos indefinidos.
Adianto-me à minha própria razão e digo-lhe só duas coisas:“Deixa-me em paz” ou “vai edificando um novo pensamento, mais de acordo com a minha vontade em não querer ter razão", ou então, ou então, assumir-me-ei por completo na razão - denominador comum de todas as frações de segundo em que a perco por completo.