segunda-feira, 22 de junho de 2009

Alquimias


Se as vistas
Que (a)visto daqui
Me trouxerem o teu sorriso
Mergulho nesse mar que vi
E sugo-te o mel que coalha
No teu corpo

És já um instante
Que percorro
Sedução e paixão
E a minha boca
Um sopro quente
Alquimia soletrada pelo chão

E lá que me encontras
Em constante agitação
Apartei-me do meu rio
E sou-te onda presa
Maremoto onde aprumo
A minha solidão

Sou nas brumas da memória
Um corpo só
E na alma…
Todos num
Sou nos tempos idos
Um vulcão que morreu na tua mão

Vê como sangra ainda
E corre por todos os rios
Ao encontro das vestes idas
Onde o sol reparte
A melhor parte do único verão

Dou-te a minha boca
Sê tu um único trago
E sacia a minha sede
Que morre aos poucos
Num descampado
Onde se juntam as estrelas
E se arrumam outros sóis
Sem embarcação

5 comentários:

Octávio da Cunha disse...

Mais um para a colecção dos escritos que me prendem.
Continuas a esculturar as palavras com o sentimento dos grandes.

bj.

[[cleo]] disse...

Agora sim!!
Até dá gosto ficar mais um bocadinho e apreciar a leitura serena dos teus poemas, acompanhados desta música deliciosa que até faz dançar a alma!

Beijo

Mª Dolores Marques disse...

Obrigada Cleo. Sem a tua ajuda nda disto seria possível. Vou tentar eu prórpia com os teus ensinamentos, incluir os vídeos


Bjs

As Chamas do Fénix disse...

Amei o todo... encantei-me neste pedaço de ti "Sou nas brumas da memória
Um corpo só
E na alma…
Todos num
Sou nos tempos idos
Um vulcão que morreu na tua mão"
Magnifico.

Uma Grande Chama para ti... beijos

jorge vicente disse...

a embarcação...
o fogo na água nas alvuras de um poema!!!!

um grande beijinho
jorge