segunda-feira, 1 de junho de 2015

Marginais na marginal

Apesar da noite, a cidade ainda é o reflexo de uma ordem que certamente dignifica todos os citadinos nas suas deambulações nocturnas. As luzes baças dos candeeiros transmitem uma luminosidade crescente, a escorrer-se em breves reflexões pelas avenidas novas.

Confundem-se todos neste caminhar contra as várias ordens vigentes. 
Até os grafitis de agora são vistos como arte urbana e crescem a olhos vistos nas fachadas de alguns prédios a dar um toque mais in  à cidade.  Mas isto também só acontece nas zonas mesmo “IN”, porque aquelas onde o “IN” não existe, passa a existir qualquer coisa parecida com marginalização, colocando à margem alguns elementos contrários à ordem, designados por marginais, reforçando ainda o facto de terem uma cor de pele fora do branco, assim a atirar para o negro.

Não podem e não devem sair da sua zona, a mais Oriental entre Chelas Velho, Chelas Novo , Braço de Prata e Poço do Bispo. Os muros estão a cada dia que passa mais grossos e negros, diluindo assim a ideia de que o branco do “IN” é a cor da moda.


DM/Dakini in Café da Manhã

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