quinta-feira, 20 de junho de 2013

O livro de São Gonçalves e Edite Melo




Não há como ficar indiferente à vivacidade dum olhar novo, de uma nova era, a era dourada onde todos somos crianças até ao final de um tempo. O olhar que vê e quando sente, diz claramente e com objetividade o lado harmonioso das coisas, mesmo que a subjetividade o queira levar para outros lugares onde a realeza acontece. Ali existe a real verdade onde a poesia fala e respira a ordem natural de todas as coisas sublimes, de tudo o que é simples e belo, tal como o é, o olhar novo através duma criança quando ela própria nos diz:

“Desafio-te a me dizeres onde guardaste as palavras todas. Estão nesse baú de memórias que me descreveste num fim de tarde, quando me dizias que eram palavras, só palavras vazias de sentido?

Desafio-te neste instante em que se quebram todas e se fazem em pedaços neste chão.
Sabes de que é feito o seu corpo? De cristais e mais cristais coloridos onde se escondem os olhos todos.
Desafio-te a mas contares como contavas as pedrinhas coloridas do rio, na concha da tua mão. Era um rio livre e sereno esse que te enchia os olhos de luzes e cores. Lembras?”

Dolores Marques com um beijo de parabéns à São Gonçalves e Edite Melo.


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