sou a graça
a fitar
a teia
que s’enleia
no rol
do silêncio
e com o medo
brinco no escuro
na ponta dos pés
ando
e desando
em cima
da mó
que parte
e reparte
alguns grãos
de trigo
sou vento
a colher
um raio
de sol
e até
ao sopé
da montanha
eu vou rindo
da seara
sem dó
pé-ante-pé
vou sendo
a ventura
ainda que
desventura
na bem-aventurada
desgraça
continuo com
a graça
que me foi dada
à nascença
mas só!
Sem comentários:
Enviar um comentário