Sinto algo... aflora
estranho dentro e fora
num círculo inacabado
Não é fogo
Não é tesão
Não é fluxo de paixão ardente
o teu ser inteiro granjeado em mim
Vem comigo
até aos confins do meu corpo
ainda virgem
desbravar o que é teu
amor meu
Sinto-te eu mais eu
em nós e sem nós
Somente um curso de água corrente
nos poços fundos de um rio
Nao sei como é nao saber de ti
tudo me passa através desse olhar
irrequieto
estrangulador do que nos afasta
Tudo é aniquilado...
o tempo
o espaço
os medos dos não-eus
os sonhos a preto e branco
abandonados nos lençóis
Tudo és
inteiro e somente tu e eu
chama intacta no meu ventre
Nasces do tempo incerto das águas
roubadas à fonte primordial do desejo
Escrevo agora para ti
Amor roubado aos quarto elementos
um poema do tamanho do teu sexo...
inspirado em outra dimensão
Agora inspiram-me erotismos
da paixão
poemas ou não, impressão minha
assinada por um grito que nasce agora
da garganta
Firme esse corpo todo suado
ainda embaixo...encimado
e na boca expirado
Sim ou não?
Queres?
Eu não tenho mais nenhum pudor
sobre este quinto elemento
Ritual ....porque o são
todos eles
Dakini
Sem comentários:
Enviar um comentário