Há olhares amofinados
Arredados do único ponto
Onde se abre a Luz
Efémeros os gestos
E os olhares que se tocam
Sem a nudez da alma
São de muito longe
Estes cativeiros
Lembrados ainda hoje
Sempre que se abrem
E fecham cegamente
Ao encontro
De um qualquer ponto
De passagem
DM
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